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22 de Fevereiro de 2023
Foto: Freepik
Com a chegada da folia de Carnaval – época em que há um aumento da chamada exposição de risco às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) – é fundamental reforçar a importância da prevenção e dos cuidados com a saúde.
Sífilis, gonorreia, tricomoníase, HIV, Papilomavírus Humano (HPV) e herpes genital estão entre as principais IST’s. Segundo dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2021, foram notificados mais de 167 mil casos de sífilis adquirida. No mesmo ano, a pasta registrou mais de 35 mil casos de Aids.
Para aproveitar as festas e bloquinhos com segurança, a infectologista Luciana Gomes Corrêa Nóbrega, que atua na Santa Casa de São Roque – gerenciada pelo CEJAM em parceria com a prefeitura da cidade – esclarece algumas das principais questões sobre o assunto.
1. As IST’s sempre apresentam sintomas
Mito. Infecções, como o HIV, podem ser assintomáticas. Além disso, há a possibilidade dos sintomas demorarem um longo período para surgir. A infectologista reitera que, normalmente, as infecções causam lesões e/ou corrimentos em regiões genitais, mas também podem atingir outras partes do corpo, como as mãos, boca e olhos.
2. É possível contrair IST ao utilizar o vaso sanitário
Verdade. Nesse caso, a profissional ressalta que as chances de contágio são mínimas, pois o contato com o assento é feito com a pele íntegra. No entanto, é importante atentar-se para alguns cuidados com a saúde íntima, como higienizar o local e lavar as mãos antes e após o uso.
3. Beijo na boca pode transmitir IST
Verdade. Apesar do baixo risco, algumas IST’s – como HPV e herpes – podem ser transmitidas pelo beijo quando estão na fase ativa, ou seja, apresentando lesões orais. Vale lembrar que outras formas de transmissão incluem contato com sangue contaminado e, de forma mais rara, através de mucosas com secreções infectadas.
4. Sexo oral não transmite IST
Mito. A transmissão de IST’s pode ocorrer via sexo oral. Dessa forma, Dra. Luciana destaca que a camisinha – feminina ou masculina – deve ser utilizada em todas as relações sexuais (oral, vaginal e anal) e, no caso da existência de corrimentos ou lesões nos órgãos genitais/boca, a relação deve ser evitada.
5. Os exames para detecção de IST’s são doloridos
Mito. Em geral, os testes são feitos a partir da coleta do sangue e os resultados saem rapidamente. A médica orienta que, ao passar por uma situação de exposição de risco, a pessoa procure um pronto atendimento para o tratamento pós-exposição e, posteriormente, a realização de exames. O diagnóstico precoce é fundamental para o início do tratamento adequado e a interrupção do ciclo de transmissão.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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