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28 de Março de 2023
Foto: Freepik
Tendo a humanização como um de seus principais pilares em busca da excelência na assistência à saúde da população, o CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” dedica atenção especial ao atendimento da gestante, considerando todos os riscos e especificidades desse público.
No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher (8 de março), a organização reforça o seu compromisso com a saúde feminina e destaca o modelo Maternidade Segura e Humanizada – um conjunto de práticas voltadas para o fortalecimento do vínculo e proteção tanto da mãe como do bebê.
O projeto, aplicado a todas as maternidades geridas pelo CEJAM, aposta em melhorias a fim de minimizar a morbimortalidade materna e perinatal. Um exemplo desse trabalho é o programa Parto Seguro, presente em oito hospitais da rede municipal paulistana através de uma parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo que teve início em 3 de outubro de 2011. A iniciativa visa qualificar e humanizar o atendimento e é reconhecido em todo o país por sua assistência acolhedora.
As práticas do modelo Maternidade Segura e Humanizada estão pautadas na saúde da mãe e da criança, atuando desde o final do pré-natal, com a busca ativa obstétrica (ação telefônica para criação do vínculo com a maternidade) e o acompanhamento da vitalidade fetal, com assistência ao parto, nascimento e cuidados durante toda a internação até a alta hospitalar com o bebê.
Conforme a coordenadora geral do Parto Seguro, Dra. Anatália Basile, o programa prevê que cada maternidade conte com uma equipe multiprofissional dentro das unidades intensivas neonatais e alojamentos conjuntos. “Essa é mais uma qualificação de assistência ao parto e nascimento. Com essa inclusão, podemos agora prestar assistência multiprofissional à puérpera da admissão até a alta”, afirma.
Além disso, foram contratados anestesistas para analgesia de parto, para as mulheres que desejarem. Trata-se do método de aliviar a dor por meio de medicamentos, reforçando os procedimentos e as boas práticas para o momento.
As práticas humanizadas carregam o DNA do CEJAM, que tem como missão ser um instrumento transformador da vida das pessoas. “A empatia e acolhimento passados às puérperas e acompanhantes durante todos os processos da gestação, parto e pós-parto são o nosso maior trunfo para corresponder às expectativas da mulher”, destaca Dra. Anatália.
A coordenadora do programa reitera que o parto e o nascimento acontecem de forma segura e respeitosa, baseados nos protocolos assistenciais e com o apoio de uma equipe multiprofissional altamente qualificada.
“Nós incentivamos que a mulher se torne protagonista de seu parto. Realizamos práticas como massagens, banhos terapêuticos, exercícios de respiração e musicoterapia. Todo o trabalho é realizado com a presença de um acompanhante de escolha da mamãe, que permanece o tempo inteiro ao seu lado. São questões simples, mas que tornam esse momento tão importante e inesquecível para ambos”, explica.
À frente do programa desde o início, ela destaca que, apesar da grande responsabilidade, a sensação diária é satisfatória, de missão e dever cumpridos. E ainda compartilha uma das inúmeras histórias que já presenciou ao longo destes mais de 10 anos.
“Um parto muito marcante foi o de um casal no qual o esposo da parturiente era cego. Nossa equipe, com muita delicadeza, garantiu que a experiência do nascimento de seu filho fosse toda narrada e descrita pela mãe da paciente. Um atendimento com equidade que promoveu uma nova experiência a todos os envolvidos.”
A coordenadora ressalta ainda as principais linhas de frente do modelo, como posições de parto respeitando a escolha da mulher; iniciativa Hospital Amigo da Criança, que contribui para o sucesso no aleitamento materno; e estudo de casos com foco na proposta de melhoria e segurança contínua na assistência.
Números
O Programa Parto Seguro vem trabalhando a diminuição da taxa de mortalidade neonatal precoce, de 5,65 óbitos por mil nascidos vivos em 2015 para 4,54 em 2022, uma redução de 20%.
Além disso, também auxilia na redução de gestações não-planejadas, por meio da inserção do DIU pós-parto. Desde 2018, foram colocados mais de 11 mil dispositivos intrauterinos nas maternidades municipais com Parto Seguro.
Com o modelo de Assistência Humanizada ao Parto e Nascimento, foi fortalecido e ampliado o número de partos normais no município de São Paulo. Em 2022, foram realizados mais de 24 mil partos, sendo 14.949 deles normais. O número corresponde a quase 63% dos nascimentos, acima da média brasileira, que, até 2018, era de 44% de parto normal nos hospitais acreditados pelo CQH (Compromisso com a Qualidade Hospitalar) e segundo o SINASC (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos).
Por meio dos apoiadores (técnicos e auxiliares de enfermagem) do programa REMAMI (Rede Municipal de Atenção Materno Infantil) e da SMS-SP (Secretaria Municipal de Saúde) de São Paulo, inseridos em 31 hospitais e duas casas de parto, em 2022, houve um aumento de 36% no agendamento da primeira consulta da puérpera e aumento de 40% no agendamento das consultas dos recém-nascidos, assegurando 95% dos retornos pós-parto nas unidades de saúde, em relação ao ano de 2020.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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