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Saúde

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08 de Março de 2023

Dia Internacional da Mulher: uma data para se falar também de saúde e prevenção

No mês em que é celebrado a luta feminina pela equidade de gênero, o CEJAM chama a atenção para a importância de ações de prevenção e promoção à saúde das mulheres.

Conforme a ginecologista Dra. Elisa Fermann, que atua no Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) do CEJAM, cuidar do corpo e da saúde é essencial.

“Toda mulher deveria tirar um tempo para cuidar de si. Praticar atividade física, manter uma alimentação saudável e um peso corporal adequado, cuidar da mente, realizar exames médicos periódicos, praticar algum hobby. Além disso, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, tabagismo e alimentos ultraprocessados”, afirma.

A especialista destaca que o acompanhamento médico está entre as ações mais importantes para a detecção precoce de problemas de saúde, pois as doenças que mais matam mulheres evoluem de forma silenciosa. Ela também reitera que várias patologias podem ter seus efeitos minimizados ou mesmo evitados por meio de medidas de prevenção, mudanças de hábitos e diagnóstico precoce.

Dentre os diversos exames disponibilizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), Dra. Elisa recomenda a realização do Papanicolau, que serve para rastrear o câncer de colo do útero, uma das principais causas de morte por câncer em mulheres no Brasil. Ele deve ser realizado a partir de 25 anos, em todas as mulheres que já tenham iniciado atividade sexual, e a cada três anos, se os dois primeiros exames anuais forem normais.

O exame clínico das mamas, feito anualmente, independentemente da faixa etária, também é muito importante. Além dele, a mamografia, que auxilia na detecção do câncer de mama, deve ser realizada, pois é o segundo tipo de câncer mais frequente em mulheres. Pela rede pública, a realização é feita a partir dos 50 anos de idade, a cada 2 anos ou antes, conforme o resultado da mamografia anterior. Mulheres com menos de 50 anos e com alguma alteração no exame físico e/ou história familiar para câncer de mama devem ser avaliadas e exames de imagem podem ser solicitados. Nestes casos, é necessário um acompanhamento individual.

“Sabemos que o dia a dia é corrido e que nos dedicamos grande parte do tempo ao trabalho e aos cuidados com o lar e com os filhos. Porém, devemos criar uma rotina de autocuidado e reservar um tempo para nós mesmas. Alguns minutos, ou até mesmo uma ou duas horinhas por dia, já bastam”, finaliza a médica.

Saúde feminina

Ao longo do mês de março, o CEJAM promoverá inúmeras ações de conscientização, prevenção e promoção da saúde feminina nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais), as quais gerencia em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.

As UBSs e AMAs intensificam a busca ativa de mulheres entre 25 e 64 anos que não realizaram exames preventivos nos últimos dois anos para a realização do Papanicolau e da mamografia. Além destas ações, estão sendo promovidas palestras educativas sobre violência contra a mulher, prevenção ao câncer de colo do útero e mamas, planejamento familiar, importância do autocuidado e empoderamento feminino.

As salas de espera, decoradas com bexigas e cartazes alusivos, convidam para a realização de testes rápidos de sífilis, HIV/Aids, hepatites B e C, exames laboratoriais, consultas médicas e de enfermagem e triagem odontológica.

PAISM

O Ministério de Saúde criou em 1984 o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), que incorpora como princípios e diretrizes as propostas de descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços, bem como a integralidade e a equidade da atenção e a inclusão de ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação. Trata-se de um serviço gratuito para mulheres.

O Programa atua através de ações relacionadas à anticoncepção, especificamente a inserção de dispositivos intrauterinos (hormonal e não hormonal) e implante hormonal subdérmico, utilizando protocolo institucional, além de realizar o rastreamento do câncer de colo uterino (coleta de Papanicolau).

Além disso, o PAISM tem um programa de capacitação de métodos contraceptivos (inserção de DIU de cobre, sistema Intrauterino liberador de Levonorgestrel e implante hormonal subdérmico) para profissionais da rede de atenção primária da saúde, o que possibilita que mais mulheres sejam atendidas nas unidades próximas a suas residências.

Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento

Saúde da mulher

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