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20 de Dezembro de 2022
As queimaduras, que no Brasil acometem aproximadamente 1 milhão de pessoas todos os anos, tornam-se ainda mais preocupantes entre os meses de dezembro e janeiro devido a fatores como o aumento à exposição solar e uso de fogos de artifício.
Conforme Bruno Caldas, coordenador médico do CER Ilha, unidade de emergência do Hospital Municipal Evandro Freire, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, é neste período do ano que as unidades de Urgência e Emergência e o Centro de Tratamento de Queimados mais recebem casos de pessoas feridas por queimaduras.
Ele explica que os acidentes com fogos de artifício podem provocar diversos tipos de queimaduras, como de pele (1º, 2º e 3º graus) ou das vias aéreas, com riscos de amputações traumáticas ou mesmo morte.
Dados da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia registram, em levantamento realizado nos últimos 20 anos, 122 mortes por acidentes com fogos, sendo 23,8% com menores de 18 anos.
Para evitar o agravamento desse tipo de queimadura, o médico ressalta a importância de procurar atendimento médico imediato. Além disso, ele orienta lavar a área afetada apenas com água corrente, protegendo com um pano limpo e úmido. “Nunca se deve fazer uso de qualquer substância na região afetada, além da água, sob risco de agravar o problema”, reitera.
Queimaduras por exposição solar também podem ser potencialmente perigosas de acordo com o grau, em alguns casos necessitando de tratamento médico.
A dermatologista Flávia Rosalba, que atua no Hospital Dia Campo Limpo, instituição gerida pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, destaca que a prevenção é crucial para evitar danos à pele, sobretudo nesta época do ano.
Ela salienta que a exposição solar intensa e frequente pode provocar, além de queimaduras de 1º, 2º e 3º graus, o aumento do risco de outros problemas à pele. “Excesso de sol sem proteção adequada gera ressecamento da pele, favorecendo o envelhecimento precoce, bem como pode levar ao desenvolvimento de cânceres de pele, como o melanoma, por exemplo.”
Dessa forma, o uso correto do protetor solar e atenção aos horários de exposição ao sol são medidas simples que não devem ser ignoradas.
Caso a queimadura ocorra, o tratamento será conduzido de acordo com a profundidade da lesão. A dermatologista explica que, em caso de lesões leves, sem bolhas, pode-se utilizar compressa com chá de camomila, babosa ou azeite no local para aliviar a ardência.
No entanto, o alerta dos especialistas é para buscar atendimento de emergência sob qualquer sinal de gravidade, como aparecimento de bolhas, arrepios, dor de cabeça, febre, tontura e indisposição.
Dra. Flávia frisa, ainda, que o processo de recuperação depende de inúmeros fatores. No caso de queimaduras leves, entre 4 e 6 dias, é possível observar a melhora do quadro, desde que medidas preventivas sejam reforçadas durante o período. Já os quadros mais severos podem levar em torno de 20 dias ou, em situações mais graves, até meses.
Por fim, os especialistas recomendam medidas simples de proteção ao sol, como:
- Evitá-lo entre as 10h e 16h;
- Aplicar protetor solar cerca de 20 minutos antes da exposição, reaplicando a cada duas horas ou após contato com a água do mar ou piscina;
- Utilizar óculos com proteção adequada e acessórios protetores, como chapéus, blusas e guarda-sol ou barracas.
Já para evitar queimaduras por fogos, a orientação dos médicos do CEJAM é não fazer uso desses equipamentos e manter distância dos locais em que forem realizados os disparos, sobretudo de grandes quantidades de fogos de artifício, como ocorre durante o Réveillon.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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