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23 de Novembro de 2022
Foto: Freepik
Novembro é considerado o mês internacional de sensibilização para a prematuridade, sendo reconhecido mundialmente como “Novembro Roxo”, e tem como objetivo alertar a população sobre o crescente número de partos prematuros e fomentar ações de prevenção, conscientizando a respeito dos riscos do nascimento antecipado, tanto para o bebê como para a gestante.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prematuridade atinge cerca de 15 milhões de crianças por ano no mundo. A estimativa é de que um em cada 10 bebês nasça de forma prematura. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, são registrados cerca de seis nascimentos a cada 10 minutos nessas condições, totalizando aproximadamente 340 mil bebês prematuros por ano.
Brunna Grazziotti Milanesi, coordenadora da Pediatria e Neonatologia do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, destaca que mais de 12% dos nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas, um cenário que só pode ser combatido com ações de conscientização e políticas públicas adequadas.
A médica explica que a prematuridade pode ser dividida em três tipos, cada um com suas particularidades e pontos de cuidado: prematuros extremos, quando nascem antes de 28 semanas; muito pré-termos, quando nascem entre 28 e 32 semanas; e pré-termos moderados, quando nascem entre 32 e 37 semanas.
“Quanto mais prematuro for o bebê, mais imaturos serão os seus órgãos e maior será o risco de complicações, especialmente naqueles nascidos antes de 34 semanas de gestação”, reitera Brunna. Porém, devido ao avanço da tecnologia e da assistência prestada nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais, a sobrevida desses bebês tem aumentado muito nas últimas décadas.
A especialista destaca que nem todos os recém-nascidos prematuros necessitam de internação na UTI neonatal. “Os recém-nascidos prematuros tardios, ou seja, aqueles com mais de 34 semanas de gestação, são avaliados ao nascer e, muitas vezes, estão aptos a permanecer em alojamento conjunto.”
No entanto, os bebês dos outros grupos necessitam ser encaminhados à UTI neonatal logo após o nascimento. “Do total de recém-nascidos internados em nossa UTI neonatal, por exemplo, 13% apresentavam extremo baixo peso (menos do que 1kg) no momento da admissão”, frisa.
Para combater esses números, o CEJAM desenvolveu inúmeras estratégias que visam, além de melhorar o cuidado perinatal, aumentar a sobrevida desses recém-nascidos.
“Entre essas ações, nós desenvolvemos o Projeto Mariskinha, que é um programa voltado para os recém-nascidos com peso menor de 1kg ao nascer ou com idade gestacional menor do que 30 semanas”, afirma a especialista.
Ela informa que os passos desse projeto envolvem toda a equipe multidisciplinar no cuidado ao recém-nascido desde o momento do seu nascimento, ainda na sala de parto, e tem como objetivo realizar uma assistência individualizada, humanizada e altamente especializada, melhorando a sobrevida e reduzindo os riscos a esse recém-nascido, como o de ocorrer hemorragia intracraniana.
“Acreditamos que, através do Projeto Mariskinha e da implementação de outras ações de qualificação do cuidado e da gestão, oferecemos melhorias à atenção neonatal e melhor monitoramento desse cuidado, reduzindo a mortalidade e as sequelas dos bebês prematuros. E, consequentemente, possibilitamos uma melhor qualidade de vida para eles e suas famílias”, relata.
Fonte: Imprensa, Criação & Marketing
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