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Uma parceria firmada entre o Hospital Geral de Itapevi, gerenciado pelo CEJAM em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, e o Lactare, banco de leite humano da Eurofarma, tem permitido desde 2019 uma doação mensal entre 60.000 e 70.000 ml de leite humano pasteurizado (LHP).

A colaboração entre as duas instituições tem como objetivo promover o aleitamento materno e contribuir com a diminuição da mortalidade infantil com a oferta de leite humano excedente processado e certificado para os recém-nascidos prematuros, conforme a prescrição médica.

“Reforçamos que o leite materno extraído é somente enviado para pasteurização quando há leite excedente, pois o mesmo é fornecido primeiramente da mãe para seu recém-nascido internado”, ressalta Dayse de Oliveira Moreira, supervisora de Nutrição do hospital.

“Ao criarmos o Lactare, iniciamos a pavimentação de um caminho para que iniciativas como esta possam florescer e contribuir com a sociedade. Por isso, a cada ano, trazemos novidades no banco com os objetivos de aumentar a capacidade de processamento e pasteurização do leite doado e fortalecer cada vez mais nossas parcerias”, comenta Sayonara Medeiros, coordenadora do Lactare.

No Dia Mundial de Doação do Leite Humano, celebrado em 19 de maio, o CEJAM destaca a importância deste ato que contribui com a melhora clínica e nutricional dos pacientes na unidade neonatal, corrobora com a terapia nutricional precoce, reduz o consumo de fórmulas lácteas, propicia o ganho de peso para o recém-nascido prematuro e de baixo peso, diminui o tempo de internações prolongadas e proporciona o processo de desospitalização segura do paciente.

“A implantação da prática do uso de leite humano pasteurizado no serviço teve grande impacto na qualidade da alimentação fornecida e no início precoce da nutrição para os pacientes prematuros. Anteriormente, com uso apenas de fórmulas infantis, o início da nutrição se dava com maior tempo de nascimento”, explica Aline Sgobi Jorge, nutricionista clínica do HGI.

Conforme Dayse, com base nos controles gerenciados pelo serviço, observa-se o aumento do uso de LHP diretamente relacionado à redução do uso de fórmulas infantis industrializadas, bem como uma redução nos custos.

“O LHP é fornecido para os pacientes internados nas unidades de atendimento neonatal e pediatria, sendo fornecidos como prioridade aos pacientes prematuros, devido à imaturidade intestinal, proporcionando uma melhor digestibilidade. O recebimento se inicia através da prescrição médica, com posterior validação técnica da nutricionista clínica para fracionamento, envase e distribuição de acordo com o prescrito”, reitera a supervisora.

Aline ressalta que o leite humano tem importância fundamental para o crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde da criança. “Oferece benefícios fisiológicos, com quantidades adequadas de nutrientes, fatores imunológicos que representam a primeira imunização passiva da criança, além de benefícios psicológicos e afetivos, já que o ato de amamentar é um momento de entrega e de aproximação do binômio mãe e filho, contém carboidratos, proteínas, lipídios, fatores imunológicos e minerais”, finaliza.

A coleta do leite materno se dá após o aceite pela mãe para a doação, e o leite é armazenado em freezer, com a devida identificação. O transporte, por sua vez, é realizado com controle de temperatura. Ao chegar ao banco de leite, o mesmo realiza processos de classificação, aferição de PH e controle microbiológico. Após o resultado do laudo, o leite é armazenado em freezer e sua distribuição ocorre conforme prescrição médica.

Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento