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12 de Julho de 2016

Pedal da Inclusão promove passeio de bicicleta para deficientes visuais

Andar de bicicleta pela cidade no final de semana é um programa comum para muita gente. Neste domingo (10), porém, uma pedalada procurou justamente incluir pessoas que, normalmente, não têm como aproveitar esse prazer. O Pedal da Inclusão reuniu mais de cem ciclistas pelas ruas dePorto Alegre sendo que, parte deles, eram deficientes visuais.

O projeto foi criado há alguns meses quando a ciclista Rita Siminovich viu uma reportagem sobre uma iniciativa parecida no Rio de Janeiro. A partir daí, ela procurou a Associação de Cegos do Rio Grande do Sul (Acergs) e a ideia começou a tomar forma.

(Pela primeira vez, vários ciclistas de Porto Alegre estão tendo a oportunidade de levar esses portadores de deficiência visual para andar pela cidade. Nós fizemos um treinamento para saber como abordar eles, como lidar com eles. Eles estão nos dando a oportunidade de entrarmos no mundo deles. A inclusão está sendo muito mais nossa do que ao contrário), afirma Rita.

As bicicletas de dois lugares, chamadas Tandem, foram compradas a partir de uma campanha que juntou tampinhas de garrafa para serem vendidas para reciclagem. Um quilo de tampinhas vale R$ 1, e cada bicicleta custa em torno de R$ 1500. Com a mobilização encabeçada por Rita junto com a Acergs, seis bicicletas foram adquiridas para o projeto.

Na Tandem, o ciclista com deficiência visual vai na parte de trás e é conduzido por um ciclista voluntário, que guia a bicicleta enquanto descreve as paisagens e o trajeto. Quem tem visão reduzida pedala sozinho, com acompanhamento de um voluntário que atua como um""""batedor"""", pedalando próximo a ele e orientando em relação ao trajeto, velocidade e obstáculos.

O grupo, que somou 108 participantes, sendo 14 deles deficientes visuais, partiu do Parque Marinha do Brasil, na Zona Sul de Porto Alegre, e encerrou o trajeto no Parque Farroupilha. Quem participou, aprovou a iniciativa.

(A diferença é toda. Eu interajo com a cidade, ouço o barulho dos carros, sinto a natureza, as árvores, o sol. A gente sente a vibração do meio ambiente. É algo fantástico, que me motiva a continuar pedalando e a querer pedalar cada vez mais. Mesmo tendo deficiência visual, isso mostra que não é um impeditivo), afirma a jornalista Mariana Barierle.

Fonte: G1.com

Deficiente Saúdavel Notícias

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