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05 de Fevereiro de 2015

Pesquisa para melhorar a saúde pública continua em São Paulo

Conhecer a situação da saúde da população é o objetivo da terceira edição da pesquisa Inquérito Domiciliar de Saúde no Município de São Paulo (ISA Capital – 2014), iniciada em agosto de 2014. Ao todo, serão realizadas 4.250 entrevistas domiciliares por meio de questionários realizados por uma equipe de 32 profissionais.

É importante que as famílias sorteadas recebam os pesquisadores. Eles chegam às residências devidamente identificados com crachá da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), com as logomarcas da Prefeitura, do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Coordenação de Epidemiologia e Informação (CEInfo) e carregam consigo um tablet. Por medida de segurança, a identidade do pesquisador pode ser confirmada por meio do site da prefeitura ou da USP, ou ainda pelo telefone 3397-2239.

De acordo com o coordenador de campo da pesquisa Cleiton Fiorio, a pesquisa revelará as doenças que estão ocorrendo com mais frequência. “Esse trabalho foi realizado em dois períodos anteriores, em 2003 e 2008. Esta é a terceira edição e a gente quer conhecer o que mudou de 2003 pra cá”, explicou.

A pesquisa terá como base as doenças declaradas pelos munícipes participantes. “Além das doenças, a gente consegue ver também qual é o acesso de saúde que a população tem. Se o indivíduo está conseguindo ir ao hospital, se está conseguindo marcar consulta, se é bem atendido. Por isso, quando as pessoas forem sorteadas e visitadas pelos entrevistadores, é importante que respondam à pesquisa. Com isso, a gente vai conhecer melhor a saúde da população e também se ela tem acesso ao serviço público e privado”, afirmou Fiorio.

O coordenador destacou ainda que, dessa forma, é possível identificar alguns erros, a fim de melhorar o atendimento à população. “Na pesquisa é abordada a saúde de forma geral. Um dos temas principais são as doenças crônicas, que são as que mais acometem a saúde da população, como diabetes, cânceres, hipertensão, artrose. Essas doenças, geralmente, acometem a população idosa. Hoje, as pessoas estão vivendo mais. Logo, queremos que vivam mais e com saúde”, afirmou Fiorio.

Ao abordar os munícipes, o entrevistador deverá apresentar uma carta que informa sobre os detalhes da pesquisa. No documento há também o site da Prefeitura Municipal de São Paulo e da Faculdade de Saúde Pública da USP. “O morador poderá acessar o site, entrar na página do ISA e identificar os entrevistadores que pertencem à nossa pesquisa. Dessa forma, o morador terá mais segurança para recebê-lo”, disse o coordenador.

“Cada morador tem uma característica essencial. Por isso, se você foi sorteado é importante que você responda à pesquisa. E ao conhecer os dados coletados, será possível melhorar o atendimento de saúde da população de São Paulo”, comentou o coordenador de campo do ISA Capital – 2014.

Realizar uma pesquisa desse porte não é tarefa fácil numa cidade como São Paulo. O medo da violência, as adversidades do dia a dia e o cotidiano agitado dos moradores são fatores que dificultam o trabalho desses profissionais. 

De acordo com o pesquisador Felix Luis Rocha, de 33 anos, essa pesquisa de âmbito municipal é importante para a coleta de dados sobre as doenças crônicas que acometem a população de São Paulo. “A maior dificuldade que a gente encontra é a questão da violência, por exemplo. A gente percebe que as pessoas têm receio em nos receber dentro da casa delas. Até a gente conseguir mostrar o que realmente significa a pesquisa é um pouco complexo”, disse.

Além desse medo comum, outra dificuldade destacada por Rocha é a abordagem em condomínios. “Tem toda uma estrutura com zelador e sindico e temos que passar por ela antes de chegarmos ao morador”, afirmou Rocha. 

A falta de informação do morador em relação à pesquisa é também um fator que dificulta o processo. “Ele não sabe o que significa a pesquisa, não conhece a importância dela, não sabe que futuramente com os dados em mãos podemos amenizar, melhorar e pensar em políticas públicas para a saúde pública”, explicou o pesquisador.

Rocha destacou ainda que é necessário que o morador perceba a importância de uma pesquisa de saúde pública. “Não estamos fazendo nada por ‘achismo’. É algo que tem fundamento científico, tem toda uma estrutura e também tem uma equipe trabalhando firmemente todos os dias, indo na casa delas porque é importante a informação que vem do morador. Isso que é mais importante”, finalizou.

Fonte: Keyla Santos - Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo

São Paulo

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