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30 de Novembro de 2015

Presidente Prudente lidera ranking de crimes contra deficientes

O direito de ir e vir que todo cidadão tem nem sempre é possível para as pessoas com deficiência devido à  falta de acessibilidade que muitos encontram, sejam em estabelecimentos públicos ou particulares. Por conta das queixas relatadas à  polícia, como ofensas e preconceitos, foi criado um sistema para registrar esses problemas e Presidente Prudente lidera esse ranking, com 171 casos desde 2014.

O autônomo Antônio Brito conta que sempre passa por dificuldades para se locomover. Cansado das dificuldades enfrentadas e do descaso, ele passou a andar com o Estatuto do Deficiente dentro do carro, para ter à  prova seus direitos sempre que preciso.

(Ás vezes você chega ao local mancando, com dificuldade para se locomover e o pessoal começa a olhar você, começa a (tirar) você. Inclusive até em proposta de emprego, eu já tive essa situação), conta.

O preconceito, a ofensa e a falta de respeito aos direitos com a pessoa que tem algum tipo de deficiência passou a ser resolvido na polícia. Em 2014, foi criado o sistema para registro, sendo que, desde então, Presidente Prudente tem 171 casos. Na região, o segundo município com mais ocorrências é Presidente Epitácio, com 62; seguido de Rancharia, com 51; Presidente Venceslau, com 42; e Mirante do Paranapanema e Martinópolis, que possuem 25 em cada.

O delegado André Luis Luengo explica quais são os crimes mais comuns na região. (Maus tratos, violência física, violência psicológica, violência sexual e até patrimonial, de dinheiro), afirma.

O promotor Gilson Amâncio de Souza diz que se engana quem pensa que somente as agressões se enquadram como crime contra as pessoas com deficiência. (Se recusar a ceder um acento no banco do transporte público, dependendo da situação, pode caracterizar injúria porque fere a autoestima da pessoa portadora de deficiência, quem recusa emprego injustificadamente à  pessoa só por ela ser portadora de deficiência. E quando se fala em deficiência, não é somente a física, pode ser visual, auditiva), pontua.

O delegado ainda alerta sobre a importância de se denunciar qualquer tipo de crime que seja feito contra a pessoa com deficiência. (Elas têm que se tornar visíveis e a sociedade tem que ter consciência para que faça as denúncias, para que o Estado e a Polícia Civil possam desenvolver a investigação e o mais importante, cultura e consciência de prevenção para que nem ocorra este tipo de infração), salienta Luengo.

(Nós temos um direito muito amplo e é homologado. Então, a lei existe e tem que ser cumprida), destaca Brito.

O Estado tem uma delegacia especializada no atendimento da pessoa com deficiência, mas fica em São Paulo (SP). Entretanto, toda delegacia no Estado tem condições de registrar a ocorrência e destacar que se trata de uma vítima deficiente, então, o sistema da polícia contabiliza esses casos e ele é adicionado aos números.

 

Fonte: G1.com

Deficiente Saúdavel Notícias

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