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Saúde

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21 de Março de 2022

Projeto reduz invisibilidade social de pessoas com Síndrome de Down

Fotos: Equipes APD CER IV M'Boi Mirim e Campo Limpo

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que cerca de 300 mil brasileiros vivem atualmente com Síndrome de Down. A condição genética, causada pela presença de um cromossomo extra, pode ser diagnosticada ainda no útero materno.

Caracterizada por olhos oblíquos, rosto arredondado e pés e mãos menores, a diferenciação física torna-se coadjuvante na vida deste público, já que é o preconceito o principal obstáculo para que tenham uma vida normal.

Nesse sentido, o Dia Internacional da Síndrome de Down, lembrado em 21 de março, foi criado com o intuito de conscientizar a população sobre a importância de integrar o grupo à sociedade para ajudar a minimizar as dificuldades do dia a dia.

“O preconceito impede que estas pessoas alcancem o desenvolvimento da autonomia e independência durante a vida, seja para trabalhar, desenvolver habilidades acadêmicas e até mesmo manter o vínculo afetivo”, afirma o Supervisor Técnico de Saúde Fernando Lemos Vila Nova.

Fernando pertence à Estratégia Acompanhante de Saúde da Pessoa com Deficiência (APD) Campo Limpo, um serviço desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o CEJAM, para promover a inclusão de pessoas com deficiência intelectual – Síndrome de Down, Autismo e Paralisia Cerebral – na sociedade, reduzindo a invisibilidade por meio do empoderamento pessoal e da cultura.

O serviço conta com uma equipe multidisciplinar, composta por enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e acompanhantes, que realiza saídas com os pacientes para eventos, parques, palestras e oficinas.

“Nosso foco é dar suporte à socialização, por meio da ampliação do repertório cultural e de vida aos pacientes, sempre com foco no desejo e solicitação do mesmo. Realizamos, inclusive, ações de estímulo à autonomia no domicílio.”

Atualmente o CEJAM gerencia as equipes Capão Redondo, Campo Limpo e M'Boi Mirim, na zona Sul da capital paulista. Segundo Vila Nova, cada grupo é responsável pelo atendimento mensal de 70 pessoas, totalizando 210 pacientes.

Conforme o Supervisor Técnico, o acompanhamento é feito com o propósito de incentivar o desenvolvimento cognitivo em todo o círculo de vida destas pessoas, inclusive sensibilizando e conscientizando os que não possuem nenhuma destas condições.

“Seja em território ou nas residências dos pacientes, nossas ações de orientação e acompanhamento têm como objetivo evidenciar a autonomia e independência dos pacientes, destacando sempre a importância de serem protagonistas da sua própria vida.”

Qualquer pessoa com Síndrome de Down ou autismo pode participar da Estratégia APD. Em casos de pessoas com deficiência intelectual, é necessário que os pacientes possuam um grau considerado leve ou moderado.

A inserção de novos pacientes é feita via Sistema Integrado de Gestão de Atendimento (SIGA), presente nas unidades onde os acompanhamentos acontecem ou por meio de busca ativa dentro dos territórios de abrangência dos bairros Capão Redondo, Campo Limpo e M'Boi Mirim.

Fonte: Imprensa, Criação & Marketing

APD CER IV M Boi Mirim Acompanhamento da Pessoa com Deficiência APD Campo Limpo

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