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08 de Março de 2022
Foto: Freepik
A rotina das mulheres, em geral, é complexa, cheia de desafios que envolvem, na grande maioria dos casos, trabalhar fora, afazeres domésticos e cuidado com filhos. Com isso, em alguns casos, não acaba sobrando muito tempo para o cuidado com a saúde.
No Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, o CEJAM destaca algumas das principais doenças que afetam a saúde feminina e como elas podem ser evitadas.
Conforme a mastologista Monique Valois, do Hospital Dia Campo Limpo, administrado pelo CEJAM, é essencial que as mulheres realizem consultas com um ginecologista anualmente, logo após a primeira menstruação.
“Toda mulher deve estar habituada a fazer um acompanhamento médico, para conhecer mais sobre o seu corpo, realizar um planejamento familiar adequado, tirar suas dúvidas e investigar possíveis anormalidades”, explica a especialista.
Confira abaixo algumas informações da Dra. Monique sobre as doenças mais comuns em mulheres:
Mioma uterino
O mioma é um nódulo benigno do miométrio, camada do útero, e pode ter origem genética. Segundo a médica, entre os fatores de risco para seu aparecimento estão a idade da mulher, sendo maior antes dos 50 anos; menstruação precoce; nuliparidade – condição da mulher que nunca engravidou ou nunca teve filhos biológicos –, obesidade; histórico familiar de miomas uterinos; ser negra; hipertensão arterial; e consumo de álcool e cafeína. “Cerca de 40% das mulheres têm mioma e não, necessariamente, apresentam sintomas. Algumas, no entanto, podem ter dor pélvica, sangramento menstrual intenso e aumento do volume abdominal.”
Fibromialgia
De cada 10 pacientes com fibromialgia, entre sete e nove são mulheres. Trata-se de uma síndrome clínica que se manifesta com uma dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Além das dores crônicas, ela também pode causar sintomas como fadiga, sono não reparador – quando a pessoa dorme, mas acorda cansada –, alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais. “Não se sabe ao certo a razão para a doença. A idade de aparecimento da fibromialgia é geralmente entre os 30 e 60 anos. O tratamento deve ser realizado de forma a aliviar a dor e possibilitar maior qualidade de vida.”
ISTs
Devido à anatomia dos órgãos pélvicos femininos, as mulheres são mais susceptíveis às ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis): a mucosa vaginal é um epitélio muito fino, que pode sofrer algumas fissuras após o atrito durante as relações sexuais, facilitando a entrada de diversos vírus. De acordo com a médica, a principal forma de prevenção é o uso de preservativo, do começo ao fim da relação sexual, além da realização de exames de rotina periodicamente.
Câncer de mama
A doença é a segunda principal causa de mortalidade feminina, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimam que, no Brasil, cerca de 67 mil mulheres foram diagnosticadas com a doença em 2021. Para preveni-lo, Dra. Monique explica que é necessário que as mulheres tenham total conhecimento de seu corpo, para que percebam eventuais alterações nas mamas e procurem um especialista, se necessário.
“Uma das melhores formas de verificar possíveis alterações é apalpando os seios, um gesto de autoconhecimento, que deve ser realizado de forma rotineira, durante o banho, troca de roupa ou em frente ao espelho, independentemente da idade e sempre que a mulher se sentir confortável.”
Além do gesto, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda como exame de rotina anual a mamografia, indicada a partir dos 40 anos para todas as mulheres.
Depressão
A saúde mental é um tema que ganhou muita força nos últimos tempos, em decorrência do isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19. E para as mulheres há uma maior preocupação, já que elas estão mais propensas a transtornos de ansiedade e depressão. Isso acontece em razão de fatores genéticos, hormonais e psicossociais: as mulheres são cobradas com rotinas exaustivas de trabalho, afazeres domésticos e cuidados com a família.
“Em um mundo com metas e obrigações cada vez maiores, é preciso parar e buscar ajuda, seja com terapia psicológica, uso de medicações antidepressivas recomendadas por um especialista ou por meio da realização de atividades físicas.”
Para a Dra. Monique, é importante organizar rotinas, incluindo nelas atividades prazerosas. A médica finaliza destacando a necessidade de a mulher aprender a se olhar de forma mais empática, com menos julgamento e mais permissividade. “Só assim conseguirão viver de forma feliz e gerar felicidade também aos filhos, companheiros e amigos. Se acolha, acolha as suas angústias, acolha as suas dores, acolha os seus momentos de prazer e procure ajuda sempre que achar necessário. Em caso de turbulência, primeiro coloque a sua máscara e, depois, auxilie as pessoas que estão ao seu redor."
Fonte: Imprensa, Criação & Marketing
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