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18 de Novembro de 2022
Com a divulgação da morte repentina da ex-jogadora de vôlei Isabel Salgado nesta quarta-feira (16), as atenções se voltaram para uma doença até então pouco conhecida pela população geral. A Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA) é uma condição grave, com alto risco de letalidade, associada à inflamação dos pulmões.
De acordo com Dr. Fabio Basilio, intensivista coordenador do CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital Municipal Evandro Freire, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o problema causado por infecção bacteriana nos pulmões pode acometer pessoas em qualquer faixa etária e levar à insuficiência respiratória.
“Trata-se de um processo inflamatório agudo e difuso que ocorre nos pulmões. É uma condição clínica grave, com mortalidade elevada, causada por diversos fatores, dentre eles infecções, traumas, intoxicações, doenças autoimunes, entre outras”, frisa.
O médico destaca que a causa mais comum da SARA é a Sepse, que representa em torno de 20% das causas de óbito no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“A SARA pode representar a fase mais grave de um quadro de Sepse, comumente relacionado às pneumonias, como a Covid-19”, reitera.
Dificuldade para respirar, sensação de fraqueza e cansaço extremo, bem como arritmia cardíaca, estão entre os sintomas da presença da bactéria nos pulmões. O especialista alerta para a necessidade de procurar atendimento médico imediato a fim de iniciar o tratamento para conter a infecção, antes que a evolução reduza as chances de reversão do quadro.
O médico explica que a SARA afeta os alvéolos, fazendo com que os pulmões se encham de líquido. Isso reduz a troca gasosa e o paciente passa a ter essa dificuldade de respirar e absorver oxigênio.
Ao chegar à emergência, o paciente iniciará o protocolo de Sepse, com administração imediata dos antibióticos e demais medidas terapêuticas e diagnósticas, a fim de se reduzir a chance de complicações e a mortalidade. De acordo com a evolução, ele deverá ser encaminhado ao CTI, onde poderá dar continuidade ao tratamento e, se necessário for, utilizar a ventilação mecânica.
“A condição pode ser completamente reversível, no entanto, alguns pacientes poderão evoluir com sequelas importantes, como fibrose pulmonar, com limitações importantes para as atividades de vida diária”, detalha.
Dr. Basilio ainda destaca a importância da higienização das mãos e do uso de máscaras, conforme as determinações do Ministério da Saúde, como forma de evitar as causas mais comuns da SARA, que são as infecções.
“A adesão aos programas de vacinação, dentre outras medidas sanitárias, é fundamental também para prevenir essas doenças e, consequentemente, a evolução para um quadro de risco”, completa.
Fonte: Imprensa, Criação & Marketing
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