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24 de Novembro de 2025
As mortes por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como doenças cardiovasculares, câncer e diabetes, aumentaram 43% nas Américas desde 2000, segundo o relatório NCDs at a Glance 2025, publicado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
De acordo com o documento, as doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de óbito, respondendo por 2,16 milhões de mortes. O relatório também destaca desafios relacionados à poluição do ar, que eleva o risco de doenças cardiovasculares e respiratórias.
No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), mais de 20 milhões de pessoas convivem com algum tipo de arritmia, condição associada a cerca de 320 mil mortes súbitas por ano.
Para a cardiologista Dra. Lilian Cavalheiro, da AMA Especialidades Jardim São Luiz, unidade gerenciada pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP), a arritmia ocorre quando os estímulos elétricos do coração, responsáveis por controlar os batimentos e garantir a circulação adequada do sangue, passam a se originar em locais incorretos, fazendo o coração bater de forma acelerada, lenta ou irregular.
“Algumas arritmias são perigosas, pois podem causar uma parada cardiorrespiratória se não forem identificadas e tratadas precocemente”, explica.
Os sintomas mais comuns das arritmias incluem palpitações, falta de ar, cansaço e dor no peito. Segundo a especialista, é fundamental procurar atendimento médico sempre que esses sinais surgirem.
Durante a prática de exercícios físicos, alguns alertas devem acender: tontura, desmaios, dores no peito e acelerações persistentes do coração são indicativos de que algo pode estar errado. “Esses sintomas não devem ser ignorados, mesmo por quem é jovem e parece saudável”, reforça Cavalheiro.
Embora muitas vezes associada ao envelhecimento ou doenças pré-existentes, a morte súbita cardíaca também pode atingir pessoas jovens e atletas. Casos como a síndrome de Wolf-Parkinson-White e cardiomiopatia hipertrófica estão entre as principais causas em indivíduos aparentemente saudáveis.
“Em muitos casos, o paciente é o primeiro da família a apresentar o quadro, sem histórico conhecido. Por isso, a avaliação médica antes do início de atividades físicas intensas ou não é essencial, mesmo em pessoas jovens”, orienta.
Ressalta ainda que o diagnóstico precoce é a chave para evitar complicações. Exames, como o eletrocardiograma, o Holter de 24 horas e o teste ergométrico, ajudam a identificar alterações no ritmo cardíaco.
“O tratamento é individualizado e pode envolver uso de medicamentos, ablação (procedimento minimamente invasivo) ou o implante de dispositivos como o marca-passo ou o CDI (desfibrilador implantável). Cada arritmia tem uma origem diferente, e o tratamento deve ser adaptado às comorbidades e necessidades do paciente”, explica.
Estilo de vida e prevenção no trabalho
Fatores como estresse, ansiedade, excesso de cafeína, uso de drogas estimulantes, sedentarismo e jornadas de trabalho extensas estão entre os principais gatilhos para o surgimento de arritmias. “O estresse crônico e a privação de sono alteram o ritmo natural do corpo e aumentam os disparos elétricos do coração, podendo evoluir para quadros sintomáticos”, alerta a médica.
Tanto trabalhadores sedentários quanto aqueles expostos a esforço físico intenso podem estar em risco. Por isso, a Dra. Lilian reforça a importância de pausas durante o expediente, atividade física regular e programas corporativos de prevenção e check-up cardíaco.
“A prevenção é sempre o melhor investimento. Empresas que oferecem programas de saúde e treinamento em primeiros socorros não apenas protegem seus colaboradores, mas também reduzem custos e salvam vidas”, afirma.
Em casos de suspeita de parada cardiorrespiratória (PCR), os primeiros minutos são decisivos. A orientação da cardiologista é clara: “Cheque se o local é seguro, peça ajuda e acione o Samu (192). Inicie imediatamente a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) com compressões firmes e rápidas, entre 100 e 120 por minuto, com profundidade de 5 a 6 cm no tórax, até a chegada do socorro.”
Ela defende que o ensino de suporte básico de vida seja difundido desde as escolas. “Saber agir diante de uma emergência é um ato de cidadania. Pequenas ações podem fazer toda a diferença entre a vida e a morte”, finaliza.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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