CEJAM promove reflexões sobre a importância de um olhar humano nas decisões no final da vida

Com o propósito de fortalecer uma prática de cuidado mais humana, o CEJAM promoveu, no dia 31 de outubro, uma palestra sobre Diretivas Antecipadas de Vontade, Testamento Vital e Recusa Terapêutica.

A iniciativa trouxe à tona um tema delicado, mas essencial: o direito de cada pessoa decidir, com autonomia e consciência, sobre o próprio tratamento no fim da vida.

Realizado pelo Núcleo Cível da Gerência Jurídica do CEJAM, o evento contou com a participação dos advogados Dr. Thomas Beltrame (palestrante), Dra. Marílian Galache e Dr. Paulo Lins, com introdução do gerente jurídico Dr. Alexandre D’Aurea.

Um novo olhar sobre o protagonismo do paciente

Logo na abertura, o Dr. Thomas Beltrame fez um agradecimento especial aos profissionais que lidam diariamente com as decisões mais sensíveis do cuidado, como as equipes de cuidados paliativos, urgência, emergência e UTI.

Em seguida, Dr. Alexandre D’Aurea, destacou a transformação que vem redesenhando a relação entre profissionais de saúde e pacientes.

“Antigamente, quem era o dono e senhor da nossa saúde era o profissional de saúde. Hoje as coisas mudaram. O paciente passa a ser o titular e tem voz ativa sobre a própria saúde”, pontuou.

Do juridiquês à vida real: a dignidade como princípio

Com linguagem clara e acessível, Beltrame traduziu os fundamentos jurídicos das Diretivas Antecipadas para a realidade de quem cuida. O ponto de partida, explicou, “é o princípio da Dignidade da Pessoa Humana, base de todo o Estado Democrático de Direito. É esse princípio que sustenta o direito à vida, à liberdade e à autonomia da vontade”.

O cuidado que respeita a vontade

O debate também abordou temas sensíveis como a prevalência da vontade do paciente sobre a opinião dos familiares e os dilemas que surgem quando pais recusam tratamentos em nome dos filhos, situações que exigem um olhar ético, jurídico e acima de tudo, humano.

O encontro lembrou que o cuidado vai além da cura: está no respeito à autonomia, na escuta ativa e no reconhecimento da dignidade de quem confia sua vida aos profissionais de saúde.

Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento

CEJAM

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