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10 de Março de 2016
Profissionais voluntários de São José do Rio Preto (SP) se reuniram para fazer um trabalho diferente com portadores de necessidades especiais. Juntos eles produziram um editorial de moda chamado (Moda Eficiente) com pessoas que têm alguma deficiência física e pretendem expor o trabalho em todo o Brasil. O ensaio foi feito no fim de fevereiro.
O Moda Eficiente foi criado pela publicitária e produtora de moda Fabíola Forni junto com o professor de dança inclusiva Guto Rodrigues. Os dois tiveram a ideia de chamar a atenção para o tema e incentivar a inclusão social. (Me incomoda passear por diversas lojas de shoppings e nunca encontrar um manequim em cadeira de rodas, sem um braço ou com qualquer outra deficiência. Isso me chama a atenção porque trabalho com pessoas lindas e a deficiência é apenas um detalhe ao meu olhar), afirma o professor de dança.A produtora de moda Fabíola Forni diz que a ideia do projeto foi intuitiva. (Tudo começou com uma foto que o Guto me mandou de uma modelo cadeirante, que participou da semana de moda de Nova Iorque. A ideia é usar a linguagem da moda para influenciar toda a sociedade para que os deficientes tenham uma visa, de fato, eficiente, igualitária), afirma.
Fabíola acredita que se cada confecção tivesse pelo menos uma peça produzida especialmente para as pessoas com deficiência o cenário já mudaria. (Se manequins fossem expostos sentados, se tivessem a oportunidade de participar de catálogos, desfiles. Enfim vejo inúmeras possibilidades porque existem muitos casos de superação), diz.
Entre os envolvidos no projeto está a gerente comercial Ana Paula Piccirillo Sanghikiani. Ela não é modelo profissional, mas ficou à vontade diante das câmeras. (Sempre fiz trabalhos relacionados com a moda, mas sempre na parte burocrática de vendas. Neste projeto sou protagonista e estou amando), diz.
Há dois anos, Ana Paula sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e ficou com o lado esquerdo do corpo todo paralisado. (A vida muda muito depois de um problema como este. Estava trabalhando e tive que me afastar, além de uma série de fatores que mudaram na minha vida), comenta.
Depois do AVC, ela passou a enfrentar a mesma realidade com a qual o jogador de basquete Paulo Jatobá convive desde os 10 anos de idade, quando levou um tiro acidental e perdeu os movimentos das pernas. Após o acidente, ele conheceu o esporte e virou um dos melhores jogadores de basquete sobre rodas do Brasil. (Tenho um alicerce chamado família que me deu todo o apoio. Voltei ao esporte porque me proporciona reintegração à sociedade e me faz ver a vida como ela é), diz.
Fonte: G1.com
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