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25 de Outubro de 2016

Estacionar em Mogi das é problema para pessoas com deficiência

Mogi das Cruzes tem 1.346 vagas de Zona Azul. Do total, apenas 37 são destinadas às pessoas deficientes e outras 56 são para os idosos. Além do pouco número de locais para estacionar, estas duas parcelas da população, muitas vezes vítimas da mobilidade reduzida, precisam se deslocar por distâncias que, em alguns pontos, variam entre 20 e 70 metros, calculados pelo Google Maps, para encontrar um posto de emissão do tíquete de estacionamento. Caso o deficiente pare o carro, por exemplo, na vaga destinada a ele na Rua Major Pinheiro Franco, ele terá de se deslocar, em média, por 80 metros levando em consideração que ele necessita ir até o local retirar a via de pagamento e retornar até o veículo para deixá-la no painel. A distância também foi calculada pela tecnologia do Google. Outro ponto visitado pela reportagem de O Diário foi a Rua Coronel Souza Franco. No início da via existem duas vagas para o idoso e uma para o deficiente - esta última com sinalização no chão prejudicada. Caso eles, porventura, utilizarem estes espaços precisam descer ladeira abaixo 70 metros até o parquímetro, instalado em frente ao número 1.260. Este percurso causou revolta na aposentada Maria Tereza de Matos, de 71 anos.(Eu acho péssimo ter de andar tudo isso para conseguir retirar um bilhete. Ainda mais porque eu vim trazer a minha filha ao dentista, que está a 200 metros no sentido contrário do parquímetro), pontuou.

Para o bancário aposentado Dário Carneiro, de 62 anos, o problema não se resume apenas a distância entre o estacionamento e local para tirar o tíquete. (Nós, deficientes, temos a mobilidade reduzida. Com a muleta, eu consigo andar. Mas existem instabilidades, principalmente nas calçadas, que parecem prolongar ainda mais este trajeto), enfatiza.

Carneiro acredita que a solução é a Prefeitura realocar as vagas ou até mesmo os postos fixos para a retirada dos bilhetes. (Em São José dos Campos, eu não pago pelo estacionamento rotativo. Apenas utilizo a placa de deficiente no meu veículo e basta. Esta também é uma opção para Mogi), conta.

A Secretaria Municipal de Transportes informou que o plano municipal da Zona Azul deu preferência para que as vagas designadas aos idosos e deficientes fossem alocadas próximo aos postos de emissão do bilhete. (Nem mesmo as vagas comuns têm mais do que 50 metros de distância do parquímetros), destacou o secretário de Transportes, Nobuo Aoki Xiol.

Já a empresa responsável por administrar as vagas, a Estapar, destacou que a vaga da Rua Major Pinheiro Franco, citada pela reportagem, fica em frente à  Central de Atendimento. E, normalmente, os motoristas que a utilizam emitem o tíquete na própria Central, ou a equipe auxilia o motorista na emissão.

(A Coronel Souza Franco é um endereço que concentra boa parte das vagas de Mogi das Cruzes. Temos vagas especiais nessa rua que foram remanejadas e estão ao lado do parquímetro. As vagas mais distantes, em outros endereços também, serão remanejadas em breve. O tema é tratado com prioridade pela Estapar), informou a nota.
A empresa lembrou que a emissão do tíquete da Zona Azul pode ser feita pelo motorista por meio do aplicativo (Vaga Inteligente), disponível nas lojas virtuais da App Store e Google Play.

 

 

Calçadas também são desafios
A cuidadora de idosos Cláudia Aparecida Calixto Ferreira, 46 anos, não sabe mensurar se a dificuldade era maior em se locomover pelas ruas do Centro quando a sua paciente, Maria de Almeida e Melo, 96 anos, andava com o seu auxílio, ou hoje, quando Melo está na cadeira de rodas. Isso dadas as instabilidades nas calçadas.

A equipe de O Diário percorreu apenas 200 metros com as duas. Distância mais do que necessária para se deparar com poste, falta de guia rebaixada e rampas com degraus em plena calçada. (A gente desce a guia, sobe de novo, e vai indo como pode. Não tem como deixar de realizar as atividades por causa destes empecilhos), afirma Cláudia.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas define tamanhos mínimos no espaço necessário nas calçadas para as pessoas com deficiência. No caso daqueles que utilizam uma moleta ou bengala, o tamanho é de 75 centímetros de largura, sem obstáculos. Já nos casos de duas, a dimensão aumenta para 90 cm. Mesmo espaço orientado para aqueles que utilizam o andador. Entre as normas está também os 80 centímetros para os cadeirantes.

O secretário de Transportes de Mogi das Cruzes, Nobuo Aoki Xiol, disse que a Prefeitura está em processo licitatório para definir uma empresa que fará um projeto de acessibilidade na região que compreende do Terminal Central ao Estudantes. (O projeto (Rota Acessível) se refere à  interligação de pontos de interesse da Cidade, por meio de rotas destacadas, em uma área de 15,467 m²), pontua Xiol.

 

Fonte: O Diário

Deficiente Saúdavel Notícias

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