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14 de Junho de 2016

Falta de acessibilidade e desrespeito são desafios para deficientes em Maceió

Uma luta para subir em um ônibus, subir calçadas, fazer compras e até para se locomover. Além disso tudo, enfrentar o preconceito é uma tarefa diária. Assim é o dia a dia de muitas pessoas que possuem necessidades especiais. Tendo elas deficiência visual, auditiva, motora e mental. A batalha dessas pessoas, que é diária, tem seus motivos. São a falta de acessibilidade em parte do transporte público, falta de calçadas adequadas para cadeirantes, a inadequação de diversos locais, como restaurantes, bares e centros de ensino. Mas, mesmo com todos estes obstáculos, o deficiente em Alagoas, e no Brasil, encara uma das piores dificuldades, o desrespeito. Já não basta a luta para sair de casa, algumas pessoas sofrem com o preconceito na rua. Dona Valmira, de 62 anos, vive em uma luta diária para se locomover. Ela contou que um taxista não tirou o carro para que ela pudesse descer em uma rampa no centro de Maceió.  (Eu tenho muitas dificuldades para sair de casa. Minha rua é esburacada e a calçada não presta. Para piorar, já fui desrespeitada. Eu estava no Centro e precisa descer a rampa de acesso à  pista para atravessar a rua. Mas, no momento, um taxista impediu a passagem por ter estacionado naquela localidade. Eu ainda falei para ele tirar, mas ele não deu atenção e continuou a deixar o carro na passagem de deficientes), informou. Segundo o direitor fiscal da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal), Augusto Santos, muitos deficientes se queixam da falta de acessibilidade nas ruas da capital. (Muitos reclamam que é difícil subir em calçadas altas que não possuem rampa. Alguns locais têm degraus, mas não têm corrimão, isso é um problema enfrentado por muitos. Nós ficamos indignados com os impostos que pagamos e as ruas continuando esburacadas. Acesso a alguns órgãos públicos também são impossíveis pela falta de acesso para o deficiente. Todos têm o direito de ir e vir, mas, mesmo assim, alguns ônibus ainda não têm esta acessibilidade), desabafa. De acordo com a terapeuta ocupacional Thaysa Karla, a falta de acessibilidade não existe apenas nas ruas e em alguns locais públicos, mas também em casa. (Alguns deficientes têm dificuldade de abrir uma maçaneta, geralmente aquelas que são redondas é difícil, assim como alguns cômodos, que não são adaptados para o cadeirante), informou. A falta de adaptação em casa é o caso de Cícero Pereira, que não tem acesso ao banheiro principal da casa, por ser difícil. 

(Não há como eu entrar no banheiro. É difícil. Para piorar eu tenho dificuldade de fazer algumas coisas, como a barba. Sou dependente de minha família, que me ajuda a pegar um objeto e a fazer o meu transporte dentro e fora de casa), explicou. Algumas calçadas são impossíveis de um cadeirante transitar, tendo como opção a via em que passam carros. Deste modo, eles ficam vulneráveis a sofrerem acidentes. Ruas inadequadas Mas, às vezes, não só a calçada é ruim, a pista também, o que impede que o cadeirante transite naquela localidade. Como é o caso da Rua Soldado Eduardo dos Santos, no bairro da Jatiúca. Além de ter as calçadas de ambos os lados alta, a pista mal tem estrutura adequada para carros, sequer para cadeirantes. O cadeirante Adalberto Café, de 70 anos, disse que Maceió não é uma cidade para deficientes. (Uma cidade em que as pessoas ocupam a calçada que já é péssima. Muitas vezes, a nossa alternativa é andar no meio da rua. E, às vezes, a rua é pior que a calçada. Eu deixei de votar nas duas últimas eleições porque não tive condições de transitar naquelas calçadas. Ser cadeirante deveria ser uma chance e passou a ser um castigo), desabafa.

 

Em nota, a Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU) informou que presta assessoria sobre construções antigas para que as mesmas sejam adequadas aos padrões exigidos pelas normas de acessibilidade e aos novos projetos, que são aprovados conforme a legislação. 

O órgão diz que tem atuado, principalmente, no aspecto educativo, considerando que a maioria das construções é anterior à  normativa. Com a vigência do Estatuto do Deficiente, desde janeiro deste ano, foi unificada uma normatização para orientar a execução de obras e intervenções de acessibilidade externa e interna, inclusive em áreas públicas. A SMCCU estaria preparando uma cartilha para orientar o mercado imobiliário e à  população sobre as normas de acesso.

O diretor-fiscal, Augusto Santos - que também é deficiente -, ressalta a importância dos cadeirantes buscarem a reivindicação dos seus direitos. (Têm que ter persistência e fé. Acreditar que seu estado é passageiro e que tudo vai melhorar. Temos que procurar nossos direitos de que todos os locais têm que ter adaptação para a nossa condição. Só permanece no chão quem não pede apoio e só cai quem não tem equilíbrio), disse.

 

Fonte: G1.com

Deficiente Saúdavel Notícias

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