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28 de Junho de 2016
Jorge Vieira, o pai do bebê, nasceu sem visão. A mãe, Carlise Vieira, perdeu a visão há 16 anos em consequência de uma doença na retina. Quando chegaram ao estúdio, Márcia conta que não foi informada de que eles não enxergavam.
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(Eu não tinha essa informação. Foi surpresa mesmo! Eu tive que conter a minha emoção conforme o ensaio foi acontecendo, principalmente quando eu tirei a foto do bebê com os pais), lembra Márcia.
Comovida com a situação, Márcia sentiu que deveria entregar algo maior que um álbum aos pais de Natália. Com a ajuda de um artista plástico e um designer construiu um álbum que tentasse traduzir imagens em sensações.
(Pesquisei vários tipos de materiais que pudessem ser usados pra transformar a fotografia, que é plana, em algo que se pudesse tocar, que o deficiente visual pudesse sentir), conta.
Após nove meses de testes, o trio de profissionais chegou a um resultado extraordinário: um álbum com texturas, textos em braile e até cheirinho de bebê.
(Esse modelo do álbum foi desenhado assim, pra gente colocar a impressão 3D, pra eles sentirem a foto, uma mostra do que foi usado na bebê, da mantinha que eu usei nela. O texto diz que Natália está deitada no cestinho com um fundo bege, coberta com uma manta cor de rosa, abraçada num ursinho de lã, com uma florzinha no cabelo), descreve a fotógrafa.
Carlise é quem sempre escolhe as roupas da filha. E no dia em que o álbum especial ficou pronto não foi diferente. Ela sente cada coisinha que guarda na gaveta e já sabe o que vai vestir em sua filha para receber o presente. (Na cômoda eu guardo na primeira gaveta um pouco de tudo. Ali tem enfeites de cabelo, tem sapatinhos dela), revela Carlise.
Que interessante! Porque é a primeira vez que a gente vê isso e, com certeza, muitos deficientes visuais gostariam de estar no nosso lugar), celebra a mãe de Natália folhando o álbum sensorial.
Márcia, nitidamente emocionada, conta como construiu o a surpresa a Jorge e Carlise. (Separei os cenários que a gente escolheu aquele dia. Todas as páginas têm o molde em 3D da foto e a textura e a descrição em braile. Essa é a nossa foto preferida, que são vocês três.)
E, assim, com essa surpresa, a família de Natália, Márcia e seus amigos levaram uma grande lição para a vida: há outras formas de enxergar as coisas, e não obrigatoriamente é preciso usar os olhos.
Fonte: G1.com
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