M'Boi Mirim oferece acessibilidade cultural a pacientes de saúde mental

Cinema, teatro, sarau, show de talentos e apresentação musical. Tudo isso faz parte do projeto Acessibilidade Cultural, desenvolvido em M’Boi Mirim. A finalidade é oferecer acesso à arte e à cultura aos usuários dos equipamentos de saúde mental da região. Os encontros são mensais, acontecem toda terceira quinta-feira de cada mês.

Em julho os usuários puderam conferir, no CEU Guarapiranga, a apresentação musical de um convidado especial: Ruan Veloso, um vendedor de balas. O artista, que hoje tem 35 anos, descobriu seu talento na adolescência. Ruan conta que, ao sair de casa para vender suas balas para comerciantes leva seu violão. Acaba despertando a curiosidade dos compradores, que pedem para ele tocar e cantar.

Em sua apresentação ficou difícil diferenciar palco de plateia. A interação foi total. Os usuários cantaram, dançaram, bateram palmas. Muitos até subiram no palco para cantar com Ruan. “Eu adorei participar, a plateia foi super receptiva e participou bastante. Eu recebi a energia deles e transmiti a minha. Teve muita alegria e eles também puderam se apresentar”, afirma o vendedor de balas.

As apresentações contaram com diversos estilos musicais: rock, pop, sertanejo, rap e músicas religiosas. O palco foi decorado com quadros e desenhos desenvolvidos pelos próprios usuários nas oficinas das unidades.

Resultado positivo

Criado em 2013, o projeto de Acessibilidade Cultural oferece atividades culturais e recreativas em uma perspectiva terapêutica que envolve usuários e familiares para possibilitar uma vivência externa ao ambiente de tratamento.

Os eventos são planejados e abertos à participação de usuários e grupos atendidos nas Unidades de Estratégia Saúde da Família, equipes de NASF, Redes Hora Certa, CER, UBS Integral, serviços e equipes de apoio em saúde mental, privilegiando o fomento de um espaço inclusivo e de promoção de saúde.

“O resultado tem sido muito positivo. Nós temos observado mais adesão dos usuários e as unidades informam que eles ficam na expectativa dos próximos eventos. A interação está cada vez maior, eles estão dançando, cantando e participando”, conta Creusimari C. Pereira, interlocutora de saúde mental de M’Boi Mirim.

Fonte: William Amorim - Comunicação CRSSUL

São Paulo