Celebrado oficialmente hoje (24/03), o Dia Mundial de Combate à Tuberculose foi instituído em 1982 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela União Internacional Contra Tuberculose e Doenças Pulmonares e visa chamar a atenção da população para fazer o diagnóstico precoce, evitando a forma mais grave da doença e os casos de morte.

Desde o início do mês estão ocorrendo ações para alertar a população. Além de fazer a busca ativa de sintomáticos respiratórios e coleta, algumas Unidades aproveitam a ocasião para reforçar o combate ao mosquito Aedes aegypti.

Segundo a pneumologista do CEJAM, Drª Regina Maura Franceschec Ribeiro, existem recursos tecnológicos para promover o controle da doença, porém não há indicação de se obter a curto prazo a eliminação da tuberculose como problema de saúde pública. “Para o controle e o impedimento de sua propagação, é importante o diagnóstico precoce, pois assim podemos fazer  o tratamento adequado e cortar a cadeia de transmissão da doença”, explica.

Em relação às atuais pesquisas sobre a doença, Drª Regina diz que, devido ao aumento de cepas multi resistentes, o foco das pesquisas incide na descoberta de novas drogas para o tratamento de casos difíceis. E recomenda: “Ainda vale a antiga fórmula, busca ativa do paciente com sintomas respiratórios, diagnóstico precoce da doença, tratamento adequado e evitar os abandonos para não desenvolvermos bacilos resistentes”.

TUBERCULOSE

É uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo. É causada pelo Bacilo de Koch (BK) e sua transmissão ocorre de pessoa a pessoa pela fala, tosse ou espirro. Os principais sintomas são tosse (em geral que persiste por mais de 15 dias), febre, falta de apetite, emagrecimento e cansaço fácil.

Entre os grupos mais vulneráveis estão portadores do vírus HIV, população carcerária, moradores de rua e dependentes químicos.

HISTÓRICO

A tuberculose foi responsável por um quarto das mortes em adultos na Europa nos séculos XVII e XVIII, causando imenso pavor na população da época. Considerada incurável e temida no passado, hoje, a doença é perfeitamente curável, desde que diagnosticada rapidamente e o tratamento seja seguido à risca.

Cerca de 3 milhões de pessoas já morreram por conta da doença e 8 milhões no planeta estão infectadas. Apesar de ter cura, é a segunda no mundo em casos de fatalidade causada por um único agente infeccioso. O Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo.

Em 1993 A OMS recomendou um conjunto de medidas denominado DOTS (Directly Observed Treatment Short Course ) para o controle da doença. Dentre os pontos desta estratégia estão o compromisso político com o fortalecimento dos recursos humanos e garantia de recursos financeiros, elaboração de planos de ação e mobilização social, além do fornecimento e gestão eficaz dos medicamentos e um sistema de monitoramento e avaliação ágil que possibilite o monitoramento dos casos, desde a notificação até o encerramento do caso.

Fonte: Felipe Nascimento - Assessoria de Imprensa CEJAM