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30 de Outubro de 2023
A osteoporose é uma condição caracterizada pelo aumento da porosidade dos ossos, levando a um enfraquecimento que os torna mais propensos a fraturas. No Brasil, é um problema de saúde significativo, especialmente entre mulheres na pós-menopausa e idosos. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 50% das mulheres e 20% dos homens a partir dos 50 anos sofrerão uma fratura osteoporótica ao longo da vida, sendo que acima de 70 anos essa taxa de 50% afeta ambos os sexos.
Por ser uma doença que pode avançar sem sintomas, até que tenha consequências mais graves, acredita-se que, dos cerca de 10 a 15 milhões de brasileiros que convivem com a doença, apenas 20% foram diagnosticados. A fim de conscientizar as pessoas sobre os riscos da osteoporose e importância de se diagnosticar precocemente para evitar seu agravamento, foi instituído o Dia Mundial e Nacional da Osteoporose, celebrado em 20 de outubro.
Com o avanço da doença, além da fratura, começam a ocorrer inúmeras complicações que impactam severamente a qualidade de vida dos pacientes. De acordo com Diego Fonseca, endocrinologista do CEJAM, pessoas com a doença podem apresentar dor crônica, especialmente na coluna vertebral, quadris e punhos; postura encurvada e perda de altura, que levam a uma perda considerável da mobilidade e independência para realizar tarefas do dia a dia, além do risco aumentado de morte.
“Além de aumentar as chances de fraturas com traumas, a osteoporose pode levar a fraturas por fragilidade como, por exemplo, de quadril, que apresentam quase 30% de mortalidade em até 1 ano após o evento”, destaca o médico.
O especialista explica que as alterações hormonais que acometem as mulheres, especialmente na menopausa, estão entre as causas de perda óssea neste grupo. Além disso, também podem causar a doença uma dieta pobre em cálcio e vitamina D, bem como a manutenção de hábitos de vida não saudáveis, como o consumo excessivo de álcool, alimentação desequilibrada, sedentarismo e fumo.
“O envelhecimento da população e fatores genéticos também são responsáveis por ampliar as chances de desenvolver o problema. Por isso, é fundamental realizar o acompanhamento médico periódico, sobretudo quando há histórico familiar”, reforça Dr. Fonseca.
Fazem parte do grupo de risco, ainda, portadores de outras doenças endócrinas, como diabetes ou hiperparatireoidismo ou demais problemas como a doença celíaca, colite, doença de Crohn, artrite reumatoide, hemofilia, talassemia ou insuficiência renal, entre outras.
O especialista do CEJAM frisa a importância de uma atuação preventiva para evitar o desenvolvimento da doença ou seu avanço. O rastreamento da osteoporose é realizado através de densitometria óssea, radiografias, exames de urina e sangue e através do FRAX, uma ferramenta que auxilia o médico na decisão de tratamento mesmo na ausência de densitometria óssea. Aqueles que já possuem baixa densidade óssea ou histórico de fraturas devem buscar auxílio médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes, evitando novas fraturas.
Embora seja um doença relacionada à maturidade, a osteoporose deve começar a ser prevenida ainda na infância, com a formação de uma boa reserva óssea, o que só é possível com a manutenção dos lácteos na dieta das crianças e dos adolescentes, já que se constituem na principal fonte de cálcio.
“O tratamento da osteopenia, fase inicial da doença e da osteoporose, inclui medidas medicamentosas e não medicamentosas, sempre integrando atividades físicas, como musculação e caminhadas, que contribuem para o aumento e preservação da massa óssea, além de suplementação de minerais e vitaminas.”
Prevenção
Combater os fatores mais importantes que causam a doença é o melhor caminho para garantir ossos mais fortes e saudáveis. Dr. Fonseca orienta, portanto, a ingestão de cálcio através de uma dieta rica em leites e derivados, como iogurtes e queijos, além de verduras escuras, como espinafre, couve e brócolis.
A prática de exercícios físicos de resistência e impacto é também uma das principais formas de prevenção. Já o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e café devem ser combatidos.
Por fim, o endocrinologista orienta que, quando o paciente apresentar níveis baixos de vitamina D, deverá incluir em sua rotina cerca de 15-30 minutos de exposição moderada ao sol, preferencialmente antes das 10h ou após as 16h; e, quando necessário, a reposição oral dessa vitamina.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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