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22 de Março de 2024
No Brasil, a incidência de diabetes tipo 1 em jovens adultos (18 a 29 anos) é de 0,6%, o que representa 219.449 pessoas, conforme a Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Além disso, observa-se que a ocorrência de diabetes mellitus (DM) é diferente entre as regiões mundiais, sendo que países de baixa e média renda concentram taxas mais elevadas de morbimortalidade. As desigualdades socioeconômicas e em saúde também representam desafios nesse contexto, pois afetam a capacidade de prevenção, o acesso a cuidados e tratamentos e a qualidade de vida das pessoas com a doença.
O DM trata-se de uma condição crônica que atinge milhões de pessoas em todo o mundo, suas causas são complexas e multifatoriais. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, as principais características da doença incluem a incapacidade do corpo de usar adequadamente a insulina produzida ou a produção insuficiente desse hormônio, resultando em altos níveis de glicose no sangue.
O diabetes tipo 1 é caracterizado pela destruição autoimune das células beta, necessitando, quase sempre, do uso de insulina para tratamento - além de outras medidas tais como cuidados nutricionais e avaliações médicas periódicas. Já o tipo 2, mais comum, pode ser gerenciado com atividades físicas e dieta, mas em alguns casos requer medicamentos.
O manejo dessa doença é um desafio contínuo tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde. Nesse sentido, a história de Giovanna Eduarda Lima de Jesus, uma jovem de 18 anos, residente de São Roque, destaca a importância de um atendimento especializado e atencioso.
"Descobri o diabetes tipo 1 há cerca de um ano. No início, eu estava me cuidando bem, mas depois que comecei a morar sozinha, as coisas desandaram", relembra. Quando a paciente deu entrada na Santa Casa, debilitada pelo mal-estar, sua preocupação era de que o tratamento recebido fosse apenas protocolar. "Pensei que passaria pelo procedimento padrão, mas fui prontamente encaminhada para a emergência e o cuidado que recebi foi exemplar. A equipe se empenhou profundamente em diagnosticar a causa dos meus sintomas", conta.
Os médicos da Santa Casa não só identificaram a causa imediata do mal-estar de Giovanna - uma crise de cetoacidose diabética - mas também trabalharam para estabilizar sua condição e educá-la sobre o tratamento para que a paciente alcance um controle efetivo da doença. "Fui internada e na UTI fui muito bem recebida. Colocaram vários aparelhos em mim, e eu fiquei assustada, mas me explicaram que era para o meu bem.", lembra.
"A cetoacidose diabética é uma complicação grave, especialmente em jovens adultos com diabetes, principalmente do tipo 1. Nessa faixa etária, o enfrentamento de desafios como a exposição a drogas e álcool pode aumentar significativamente o risco de descompensações metabólicas. É crucial que jovens diabéticos sejam educados sobre os efeitos que essas substâncias podem ter em seu controle glicêmico. Além disso, o apoio social e psicológico é fundamental para ajudá-los a fazer escolhas saudáveis e a gerenciar melhor sua condição”, explica o hematologista da Santa Casa de São Roque, Dr. Gilberto Kobashikawa.
Segundo o profissional, a informação é a chave para a adoção de melhores hábitos e da prática do autocuidado. “A prevenção passa pela conscientização e pelo acompanhamento médico regular, enfatizando a importância de manter um estilo de vida equilibrado e a adesão ao tratamento. Na Santa Casa de São Roque, enfatizamos a educação para a saúde como parte integrante do tratamento, para que jovens, como a Giovanna, possam evitar complicações graves e manter uma qualidade de vida elevada", completa Dr. Gilberto.
A experiência de Giovanna no hospital ilustra a abordagem integral da instituição no tratamento do diabetes, reconhecendo as necessidades emocionais e psicológicas e oferecendo suporte aos pacientes.
Após receber alta, ela refletiu sobre como a internação foi um ponto de virada em sua vida. "Falaram-me que eu precisava de um choque de realidade para acordar para a vida. E foi isso que aconteceu. Agora entendo que preciso me cuidar."
Sinais de alerta
Ainda de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), os sintomas da cetoacidose diabética podem se apresentar rapidamente aos portadores do tipo 1 e incluem: necessidade frequente de urinar, sede intensa, fraqueza geral, náuseas e vômitos, aceleração do batimento cardíaco, sonolência e confusão mental, que podem progredir para coma em cerca de 10% dos casos. Sinais adicionais incluem respiração acelerada e profunda, desidratação acentuada, pressão arterial baixa, alterações na temperatura corporal e mau hálito.
Fatores de risco
As principais causas envolvem a falta de tratamento adequado com insulina ou falhas na administração de medicamentos. Doenças agudas, como infecções ou o uso de certas drogas ou substâncias podem precipitar a condição. Distúrbios endócrinos e a desidratação severa também estão entre os fatores de risco.
Prevenção
Ao identificar os sintomas, a busca por atendimento médico emergencial é essencial. A atenção constante aos sinais e a ação rápida é fundamental para uma melhor recuperação, minimizando o risco de consequências mais graves.
Manter a aderência ao tratamento prescrito, monitorar cuidadosamente a saúde e estar ciente dos fatores desencadeantes também são formas de prevenir o surgimento da cetoacidose.
Tratamento
Atualmente, já existem diversas formas de uso de insulina, como a caneta de insulina, a bomba de insulina, sistema de circuito fechado híbrido, que são utilizadas em nível ambulatorial. Contudo, o acompanhamento nutricional e avaliações médicas são indispensáveis para o controle da doença. Outras alternativas também têm sido estudadas em busca de novas formas de tratamento, entre elas dispositivos eletrônicos que substituiriam as funções do pâncreas.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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