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23 de Maio de 2022
Foto: Freepik
A humanização hospitalar é uma das grandes tendências atuais da assistência em saúde e tem como objetivo ampliar a satisfação de todos os envolvidos. Um atendimento deste tipo deve ser personalizado e realizado com sensibilidade para gerar empatia entre profissionais de saúde, pacientes e familiares.
A prática, adotada no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2003 por meio do programa HumanizaSUS, consiste em um conjunto de ações que visam o cuidado amplo aos pacientes e pautado na empatia.
Dr. Fábio Basílio, médico intensivista do Hospital Municipal Evandro Freire, no Rio de Janeiro, gerenciado pelo CEJAM, destaca que a humanização está nos mínimos detalhes.
“Tudo se resume ao acolhimento. Quando falo em acolher, é o ato de entender o paciente como um todo, com os seus medos, sonhos, dificuldades, orientação religiosa e condição familiar, para que possamos amenizar a dor”, explica.
O especialista ressalta que as ações dentro da unidade contam com o apoio do serviço social, psicologia e de toda a equipe multidisciplinar, a fim de promover um atendimento integral e individualizado ao paciente.
“O tratamento realizado dessa forma, com foco nas reais necessidades do paciente, contribui de forma determinante para acelerar o processo de cura. Percebemos que pacientes atendidos de maneira humanizada têm mais confiança na equipe e nos tratamentos, além de responderem melhor aos recursos clínicos”, frisa o médico.
Ele reitera que um dos pontos principais para o aprimoramento do conceito de humanização na instituição foi a pandemia de Covid-19. O longo período de crise na saúde mundial fez com que as equipes buscassem caminhos para se ajustar às demandas crescentes, sobretudo diante da própria angústia vivenciada pelos familiares e pacientes neste período.
Diante disso, Dr. Fábio afirma que o Evandro Freire passou a estender as visitas no Centro de Terapia Intensiva (CTI), além de individualizar a abordagem às famílias, considerando as necessidades de cada um. “Atualmente, por exemplo, no caso de familiares que moram em uma localidade distante e não têm como vir ao hospital, nós procuramos ajustar um melhor horário, fazer chamadas telefônicas para atualização do quadro do paciente ou qualquer outra medida viável para que as pessoas possam acompanhar seu ente querido em qualquer condição.”
Segundo ele, os cuidados paliativos também incorporam essas práticas, uma vez que as equipes atuam com foco na melhora da qualidade de vida do paciente e na redução do sofrimento dos familiares, através da escuta qualificada, do diálogo aberto e claro e do respeito às especificidades de cada um.
Além de promover a aproximação entre os profissionais da saúde e seus pacientes, o atendimento humanizado é uma estratégia à melhoria na qualidade e na eficiência dos serviços prestados. “Percebemos que nossas ações implicaram em um atendimento mais eficaz, ampliando a adesão do paciente aos tratamentos realizados, o que favorece também a participação da família no processo de doença, gerando entendimento e alívio da ansiedade e depressão, com melhora da qualidade de vida”, conclui.
Dr. Renato Tardelli, diretor do CEGISS (Centro de Gestão Integrada de Serviços de Saúde) do CEJAM, por sua vez, destaca que a integração entre usuários e colaboradores estabelece os vínculos necessários para o sucesso dos tratamentos. Portanto, segundo ele, a humanização é essencial para garantir que os processos sejam feitos da melhor maneira possível.
E com o objetivo de disseminar ações como estas entre todas as unidades que gerencia, o CEJAM realizou em 12 de maio o 1º Simpósio de Humanização voltado a seus colaboradores.
Dr. Tardelli ressalta a importância de debater o tema e fortalecer a cultura do atendimento humanizado na saúde. “O bom acolhimento do paciente garante, entre outras coisas, um melhor histórico de convívio para com a equipe de saúde, assegurando maior sucesso no diagnóstico, proposta terapêutica e, consequentemente, nos resultados.”
Fonte: Imprensa, Criação e Marketing
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