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Saúde

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31 de Outubro de 2025

Câncer de mama em diferentes idades: diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura

Foto: Freepik.

O câncer de mama segue como o tumor mais frequente entre mulheres no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o país deve registrar cerca de 73 mil novos casos em 2025, o equivalente a quase 42 diagnósticos a cada 100 mil mulheres. Embora ainda seja mais comum após os 50 anos, os diagnósticos em faixas etárias mais jovens vêm crescendo de forma significativa, chamando atenção para os diferentes perfis da doença.

De acordo com a oncologista clínica Laísa Silva, da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) do Hospital Regional de Assis, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) e gerenciada pelo CEJAM, o câncer de mama em mulheres abaixo dos 40 anos tende a ser mais agressivo. “Esses tumores estão muitas vezes relacionados a fatores genéticos, como mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, e por isso crescem rápido, podendo atingir estágios avançados em pouco tempo”, explica.

Além da predisposição genética, a especialista cita mudanças no estilo de vida e nos padrões reprodutivos como fatores de risco. A postergação da maternidade, a menor duração da amamentação e o uso prolongado de anticoncepcionais estão entre os elementos que aumentam a exposição hormonal.

Outro desafio é a dificuldade de detecção precoce. O rastreamento sistemático só é recomendado a partir dos 40 anos, o que deixa as mais jovens sem indicação de mamografia de rotina. Além disso, a densidade mamária dificulta a visualização por imagem. “A mama jovem é mais densa, com mais glândulas e menos gordura. Essa densidade aparece branca na mamografia, assim como os tumores, o que pode mascarar pequenas lesões”, detalha a médica.

O diagnóstico tardio também se relaciona à subestimação clínica. “Muitas vezes nem a paciente nem o médico consideram câncer em uma mulher jovem, o que atrasa a investigação. Pequenas alterações são confundidas com inflamações ou alterações hormonais, e a doença segue avançando”, ressalta Dra. Laísa.

Já em mulheres acima dos 40 anos, a doença costuma estar mais ligada ao envelhecimento celular, ao acúmulo de mutações ao longo da vida e à exposição prolongada ao estrogênio. Segundo a especialista, o subtipo mais comum é o luminal, receptor hormonal positivo, associado à influência hormonal cumulativa. “Quanto maior a exposição ao estrogênio ao longo da vida — seja pela menopausa tardia, terapia hormonal ou fatores reprodutivos — maior a probabilidade de desenvolver o tumor”, explica.

Em qualquer faixa etária, os sinais de alerta exigem atenção. A oncologista orienta que toda mulher observe seu corpo, independentemente da idade. “O autoconhecimento é a primeira forma de detecção precoce. É importante se atentar à presença de um nódulo ou caroço na mama, indolor na maioria dos casos; alterações no mamilo, como inversão recente ou saída de secreção espontânea; mudanças na pele, como retração, espessamento, vermelhidão ou aspecto de ‘casca de laranja’; feridas que não cicatrizam; alterações no formato ou tamanho da mama; dor ou desconforto persistente; e linfonodos aumentados na axila ou no pescoço”, orienta.

Embora o autoexame isolado não substitua a mamografia, ele é considerado um passo essencial no autoconhecimento. “Nove em cada dez nódulos são benignos, especialmente em mulheres jovens. Mas somente o profissional de saúde pode confirmar o diagnóstico por meio de exames clínicos e de imagem”.

O impacto emocional também varia conforme a fase da vida. Entre as mais jovens, questões ligadas à fertilidade, imagem corporal e sexualidade se destacam, já que muitas recebem o diagnóstico em meio a projetos de vida e carreira. Nas mais velhas, o medo tende a estar mais associado à autonomia e à dependência de terceiros. O tratamento varia conforme o subtipo do tumor, o estágio e o perfil da paciente. Em jovens, o objetivo é controlar a doença sem comprometer a fertilidade e a qualidade de vida futura; nas mais velhas, busca-se equilíbrio entre eficácia e tolerância. Em todos os casos, a mensagem central é a mesma: atenção aos sinais do corpo.

“Conhecer o próprio corpo é um ato de amor e de cuidado. Cada mulher deve se olhar com atenção, sem medo e sem vergonha, porque perceber algo diferente cedo pode fazer toda a diferença entre um tratamento simples ou mais complexo. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de tratamento eficaz e melhora o prognóstico. Não adie suas consultas, não ignore sinais e, acima de tudo, confie na sua intuição. Se algo parece diferente, procure atendimento médico. Cuidar de si mesma é o primeiro passo para viver mais e melhor”, conclui Dra. Laísa.

Atendimento especializado em oncologia

O Hospital Regional de Assis conta com a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), sendo referência no diagnóstico e tratamento do câncer de mama para Assis e região. A unidade integra a Rede de Atenção à Saúde do Estado de São Paulo e atua em conformidade com as diretrizes do SUS, assegurando atendimento especializado, gratuito e de qualidade à população.

A estrutura do serviço oncológico é composta por consultórios clínicos, centro cirúrgico, laboratório, salas de quimioterapia, farmácia oncológica, leitos clínicos e cirúrgicos, Unidade de Terapia Intensiva adulto e Pronto-Socorro Referenciado.

O hospital realiza ainda mamografias, ultrassonografias, tomografias, raios-X, exames laboratoriais e procedimentos cirúrgicos oncológicos e reparadores, o que permite atender de forma integral as necessidades das pacientes.

De acordo com Cristiani Bussinati, gerente técnica regional do CEJAM em Assis, o atendimento é conduzido por equipe multiprofissional com médicos especialistas, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos e demais profissionais de apoio.

“A atuação integrada entre as diferentes áreas é essencial para garantir cuidado contínuo e seguro. O modelo multiprofissional permite acompanhar os pacientes em todas as fases do tratamento, promovendo acolhimento e suporte adequados às suas demandas clínicas e sociais”, explica.

A UNACON de Assis está articulada à Rede de Atenção Oncológica das regiões de Assis e Ourinhos, contribuindo para a linha de cuidado que tem a Atenção Primária como porta de entrada. O acesso aos atendimentos especializados é regulado por meio do SIRESP – Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo, o que possibilita o início do tratamento em tempo oportuno e de forma organizada dentro da rede pública.

O hospital também mantém investimentos contínuos em capacitação e qualificação profissional. O programa EDUCA ONCO é uma das iniciativas voltadas ao aprimoramento técnico das equipes, com encontros periódicos para discussão de casos, atualização científica e fortalecimento da abordagem multiprofissional no cuidado oncológico.

Além da assistência direta, a unidade atua em parceria com a Associação de Voluntárias do Câncer de Assis na promoção de atividades educativas e ações de conscientização sobre prevenção, diagnóstico precoce e adesão ao tratamento.

“Nosso compromisso é aprimorar constantemente a assistência oncológica prestada à população, assegurando acesso equitativo, cuidado integral e atendimento humanizado, em conformidade com os princípios do Sistema Único de Saúde”, finaliza Cristiani Bussinati.

Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento

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