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30 de Dezembro de 2025
Foto: Freepik
Nos dias mais quentes, o risco de intoxicações alimentares aumenta, já que as altas temperaturas favorecem a rápida multiplicação de microrganismos em alimentos perecíveis.
Para evitar problemas de saúde, a nutricionista Solange Schenfeld da AMA/UBS Parque Fernanda, unidade administrada pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP), reforça a importância de adotar cuidados rigorosos de higiene, conservação e hidratação durante esse período.
Segundo a especialista, o primeiro passo é a higienização correta das mãos antes, durante e após o preparo dos alimentos. “Utensílios, superfícies e equipamentos precisam estar sempre limpos e higienizados. Além disso, é essencial utilizar tábuas e talheres diferentes para carnes cruas e alimentos já cozidos, prevenindo a contaminação cruzada.”
Carnes, pescados, laticínios e ovos devem ser mantidos sob refrigeração contínua, em temperaturas iguais ou inferiores a 4 °C. “O ideal é guardá-los em recipientes fechados e organizados para evitar contato entre itens crus e prontos para consumo. Não sobrecarregue a geladeira, permitindo a circulação de ar frio, e evite deixar alimentos fora da refrigeração por mais de duas horas. Produtos já preparados devem ser resfriados rapidamente e refrigerados assim que possível”, orienta.
Os alimentos devem ser identificados com data e consumidos dentro do prazo recomendado. Pratos cozidos, como arroz, feijão, massas, carnes e legumes, podem ser consumidos por até 3 a 5 dias. Alimentos com maior teor de umidade, como peixes cozidos, frutos do mar, sucos naturais e saladas com molhos, devem ser consumidos em até 24 a 48 horas. Frutas frescas cortadas e vegetais prontos para consumo têm validade máxima de 1 a 2 dias, sempre em recipientes fechados e higienizados.
“Sucos naturais devem ser preparados com frutas bem higienizadas e água potável, com indicação de consumo imediato ou em até 24 horas se refrigerados. O gelo usado também precisa ser feito com água potável”, explica Schenfeld.
A nutricionista reforça que alimentos perecíveis não devem ficar fora da geladeira por mais de duas horas. Sobras devem ser consumidas em até cinco dias, evitando o reaquecimento repetido. Planejar as refeições, organizar a geladeira e preparar porções menores aumenta a segurança alimentar e reduz o desperdício. Para transporte, bolsas térmicas com gelo reutilizável conservam os alimentos por até duas horas fora da refrigeração.
Solange alerta que a ideia de que o organismo precisa de menos comida no calor é equivocada. “O ideal é manter uma alimentação equilibrada. Prefira alimentos leves, de fácil digestão e com alto teor de água, como frutas, verduras e legumes. Saladas, sopas frias, sucos naturais, água de coco e sanduíches com proteínas magras são seguros, desde que preparados na hora ou mantidos refrigerados. Alimentos muito gordurosos ou de difícil digestão devem ser evitados”, esclarece.
Além da escolha dos alimentos, a nutricionista ressalta sobre a ingestão regular de água ao longo do dia. “Isso é fundamental para manter o equilíbrio hídrico do organismo, compensar perdas pela transpiração, respiração e diurese, evitando quadros de desidratação. A água deve ser potável e consumida mesmo na ausência de sede.”
Frutas e vegetais crus exigem cuidado redobrado, pois podem se contaminar facilmente. Preparações vegetarianas ou veganas, como patês, molhos e saladas prontas, também são perecíveis.
“Outro mito é acreditar que gelo feito com água não potável ou o simples reaquecimento elimina qualquer risco. O congelamento não destrói microrganismos e algumas toxinas podem permanecer ativas”, alerta.
Alimentos seguros para levar fora de casa
Para trabalho ou passeios, a nutricionista sugere:
- Frutas inteiras com casca (como maçã, banana, uva, pera) são mais resistentes e seguras, desde que higienizadas previamente com água potável e sanitizante adequado;
- Sanduíches frios preparados com proteínas magras cozidas (como frango desfiado, peixe grelhado, ovo cozido) acondicionados em embalagem térmica e preferencialmente consumidos em até 2 horas fora da refrigeração;
- Snacks secos ou de baixa umidade, como castanhas, sementes, frutas desidratadas sem adição de açúcar, biscoitos integrais ou barrinhas com boa estabilidade térmica;
- Legumes firmes cortados, como cenoura ou pepino, armazenados em potes térmicos, desde que higienizados corretamente.
Evite maionese caseira, cremes lácteos, molhos frios ou ingredientes crus de origem animal, que se deterioram rapidamente fora da refrigeração. “Sempre que possível, use bolsas térmicas com gelo reutilizável e consuma os alimentos em até 2 horas”, reforça.
Passo a passo para higienização de alimentos
Ela explica que a higienização correta é fundamental para reduzir o risco de contaminação e o processo deve seguir as seguintes etapas:
- Lavar os alimentos em água potável corrente, para remover sujeiras e resíduos visíveis;
- Sanitizar com solução de hipoclorito de sódio, produto eficaz contra bactérias, fungos e vírus. Ele pode ser encontrado em supermercados (na seção de produtos de limpeza) ou retirado gratuitamente em unidades de saúde;
- Verifique no rótulo se o hipoclorito possui entre 2% e 2,5% de cloro ativo. Importante: o hipoclorito utilizado na higienização de alimentos não pode conter fragrâncias, corantes ou substâncias adicionais como alvejante, pois esses componentes são próprios para limpeza de superfícies e não devem ser utilizados em alimentos;
- Para o preparo da solução, dilua 1 colher de sopa (10 mL) de hipoclorito em 1 litro de água potável;
- Deixe os alimentos imersos na solução por 10 a 15 minutos, garantindo contato completo com a superfície;
- Enxágue bem em água potável corrente, removendo todo o resíduo do sanitizante;
- Seque com papel limpo ou deixe escorrer naturalmente, e armazene sob refrigeração, em recipientes fechados, até o consumo.
“Saladas cruas, sucos naturais e frutas cortadas só devem ser consumidos frescos, preparados na hora ou corretamente refrigerados. Quando bem higienizados, manipulados e conservados, esses alimentos contribuem para uma alimentação equilibrada e segura mesmo em dias de calor intenso”, conclui Schenfeld.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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