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31 de Julho de 2015
Formada por mulheres voluntárias, imigrantes e brasileiras, com a missão de melhorar as condições nas quais vivemos, desenvolvendo e promovendo atividades baseadas em temas como anti-discriminação e relação entre diversidades, a Equipe de Base Warmis – Convergência das Culturas esteve nesta quinta-feira (30/07), a convite do Programa Parto Seguro, no auditório da sede do CEJAM, para apresentar a palestra: “O Parto no Mundo Andino”.
Com a presença de colaboradoras representantes do Programa Parto Seguro, Maternidade de Arujá, Unidades Básicas de Saúde, AMAs, PAISM e outros serviços, as palestrantes Jobana e Andrea apresentaram peculiaridades da cultura andina, falando aos profissionais de saúde os saberes e costumes de mulheres desta região, no momento do parto e pós-parto, com o intuito de sensibilizá-los e facilitar o diálogo. “O mais importante é que exista um esforço para o diálogo entre a mulher e o profissional”, explica a voluntária, Jobana Moya.
“Quando olhamos para uma mulher, olhamos para todas. E é por isso que estamos aqui, para sempre fazer o melhor para elas”, declarou Drª Anatalia Basile, coordenadora do Programa Parto Seguro, durante a abertura do evento.
Andreia Carabantes iniciou a apresentação falando sobre o intuito do trabalho do grupo. “Buscamos a igualdade de condições, não só para a mulher imigrante, mas para todas e, assim, melhorar a assistência em saúde pública”, explicou.
Na sequência, Jobana falou sobre a cultura do parto, como o uso de ervas medicinais e o cuidado com a placenta. “Em muitas regiões, as mulheres enterram a placenta como uma oferenda a Pachamama, a mãe terra. Entre os mapuches, a placenta é usada para ler o futuro do bebê. É um costume muito forte e, aqui, é muito difícil elas conseguirem pegar a placenta”, conta.
Massagens, alimentação e o consumo de diversos chás como canela, coca e orégano, são outros “rituais” muito comuns. “Aqui, em muitos hospitais, as mulheres não podem comer ou beber durante o trabalho de parto. Outra diferença é o acompanhamento da família que, lá, está presente em todo o processo e aqui, em muitos lugares, não é permitida a entrada de acompanhante”, completa Jobana.
A cesárea foi um dos principais temas tratados. Vista como algo corriqueiro no Brasil, país com o maior índice do procedimento no mundo, é um tabu para boa parte das mulheres andinas. “Percebemos que existe uma dificuldade para as mulheres andinas aceitarem a cesárea. Elas choram muito ao saber”, comentou a enfermeira Sandra do Programa Parto Seguro. “Muitas vezes a mulher que não consegue um parto normal, é vista como incapaz e discriminada. A cesárea é muito mal vista na cultura indigena”, responde Jobana.
Outros assuntos foram abordados como banhos e a posição do parto. “Aqui, o bebê toma banho quase que imediatamente após o parto. Lá, o banho é dado dias depois e com uma infusão de ervas”, explicou a voluntária.
Ao final, foi aberto um espaço para interação entre participantes e palestrantes. Drª Anatalia Basile encerrou o evento com um agradecimento especial aos presentes.
Fonte: Luciana Zambuzi - Assessoria de Imprensa CEJAM
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