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30 de Setembro de 2025
No Dia Nacional da Doação de Órgãos, datado em 27 de setembro, o Brasil celebra avanços significativos na área de transplantes, mas também enfrenta desafios persistentes relacionados à resistência familiar e à desinformação.
Em 2024, o país alcançou um recorde histórico ao realizar mais de 30 mil transplantes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), um aumento de 18% em relação a 2022. Apesar desse progresso, o número de doadores efetivos ainda é inferior ao necessário para atender à demanda crescente. Atualmente, cerca de 78 mil pessoas estão na fila por um transplante, sendo os rins, as córneas e o fígado os órgãos mais aguardados.
O nefrologista Dr. José Albani, do Hospital Estadual de Franco da Rocha, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), destaca que a resistência à doação de órgãos está frequentemente ligada a mitos e desinformação. “Alguns familiares têm questões religiosas, por exemplo. Outras dúvidas surgem a partir de casos de celebridades e há quem fale em desvio de órgãos. Isso gera muito receio. No geral, há ainda um desconhecimento sobre como o transplante realmente funciona e todo o processo envolvido”, explica.
Para enfrentar esses desafios, recentemente o Ministério da Saúde anunciou o Programa Nacional de Qualidade em Doação para Transplantes (ProDOT), que visa capacitar as equipes de saúde no acolhimento às famílias, com o objetivo de reduzir as negativas de doação. Em 2024, 45% das solicitações de doação foram recusadas por familiares, um índice elevado se comparado a países como a Espanha, onde as negativas giram em torno de 8% a 10%.
Além disso, o SUS implementou inovações tecnológicas, como a Prova Cruzada Virtual, que agiliza a compatibilidade entre doador e receptor, e a reorganização da alocação de órgãos entre estados, para maior eficiência na distribuição. Essas medidas têm contribuído para reduzir o tempo de espera e aumentar a segurança dos transplantes.
Apesar dos avanços, o médico ressalta que a mudança cultural ainda é essencial para aumentar o número de doações. “Precisamos que a doação de órgãos seja vista como um gesto natural de solidariedade. Quanto mais pessoas se informam e conversam sobre isso em família, maior a chance de salvar vidas”, conclui.
Transplante Renal é o mais procurado no Brasil
O rim é o órgão mais solicitado no país, com mais de 42 mil pessoas na fila de espera por um transplante. A demanda elevada reflete tanto a prevalência de doenças renais quanto a limitação do tratamento por diálise, que exige sessões regulares e pode comprometer a qualidade de vida.
Para o nefrologista, o transplante renal exige acompanhamento contínuo e cuidados específicos para garantir o sucesso do procedimento. “O transplante não é uma cura, pois a cura é quando você resolve o problema e não há mais nada a fazer. Ele é uma forma de tratar a insuficiência do órgão, exigindo uso contínuo de medicamentos que diminuem o risco de rejeição e cuidados com alimentação, atividade física e controle de outras doenças, como diabetes e hipertensão”, explica.
A rejeição do rim é um risco, mas, diferente de outros órgãos, o paciente tem alternativas de tratamento. Se houver falha no transplante, é possível retornar à diálise, método que permite manter a função renal até que um novo rim esteja disponível.
A viabilidade do rim transplantado depende de fatores imunológicos, da preservação do órgão e da função prévia do doador. “O principal fator que determina a viabilidade é a imunologia;não se pode transplantar órgãos em pacientes incompatíveis. Monitoramos a pressão arterial, a hidratação e o tempo entre a retirada e o transplante. A função prévia do rim doador também influencia na sobrevida do transplante”, detalha Dr. Albani.
Novos avanços médicos, como drogas de imunossupressão mais eficazes e técnicas aprimoradas de compatibilidade, aumentaram a sobrevida dos pacientes renais. Ainda assim, o especialista enfatiza que o acompanhamento rigoroso é fundamental para reduzir riscos e manter a função do rim ao longo do tempo.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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