Aguarde...
09 de Setembro de 2024
Em 27 de agosto é comemorado o Dia do Psicólogo, um profissional frequentemente lembrado por sua atuação em consultórios e até de forma online nos tempos pós-pandemia, mas que pode fazer a diferença no ambiente hospitalar. Por mais que se pense que a psicologia nos hospitais seja uma mera transferência do trabalho realizado de forma clínica para o contexto de uma internação, não é bem assim que ocorre na prática.
Segundo Lídia Farias, psicóloga do CEJAM no Rio de Janeiro, o “setting” terapêutico (todo o contexto relacionado à realização do atendimento) é totalmente diferente, a começar pelo horário controlado das sessões, previamente determinado, e trabalho mais individual nos consultórios.
“A conduta do psicólogo no consultório é individual. Pode até sentir a necessidade de encaminhamento a um psiquiatra, por exemplo, mas segue o atendimento a seu modo. No ambiente hospitalar o trabalho é em equipe e bem menos planejado, no sentido da diversidade de situações”, pondera.
Nesse contexto, o profissional lida com aspectos psicológicos relacionados a diagnósticos, adoecimento, procedimentos, estada hospitalar, entre outros, incluindo o luto. Lídia lembra que, no hospital, o psicólogo convive com o envolvimento de muitos outros profissionais, num trabalho verdadeiramente conjunto. “Se há um sintoma físico, haverá uma questão emocional e vice-versa. Tudo acontece junto. Então, precisamos casar o cuidado para ter uma garantia de sucesso.”
Diante de todas essas situações em que o psicólogo pode figurar como um ponto de apoio, sua atuação pode também ter diferentes nuances, como acolhimento e suporte emocional, identificação de recursos de enfrentamento, preparação psicológica para cirurgias, atendimento psicoterapêutico, atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva (UTI), pronto atendimento, enfermarias em geral, psicomotricidade, avaliação diagnóstica, psicodiagnóstico, reparação psicológica para alta hospitalar e uma lista que ainda cresce.
“Existem psicólogos especializados em cada cenário hospitalar. Para citar alguns bastante específicos, há a psicologia perinatal, que abrange o atendimento a gestantes e puérperas, além do suporte junto aos pais na UTI neonatal. Gestantes muitas vezes com gravidez planejada se deparam com ameaça de abortamento ou mesmo prognóstico desfavorável em relação ao bebê, gerando quebra de expectativas e rompimento de sonhos. Outro exemplo é a psicologia focada em pacientes transplantados, que precisam lidar com a aceitação do órgão de uma outra pessoa”, completa a especialista.
Atendimento que vai além dos pacientes
Assim como o paciente, a família também se vê diante de dificuldades no enfrentamento de situações de adoecimento, novas rotinas e, em casos mais extremos, até mesmo falecimento de um de seus entes queridos. “No hospital também lidamos com a morte, o que não ocorre no consultório de forma tão direta. Atendemos pessoas enlutadas, onde os familiares precisam de acolhimento, ou seja, os atendimentos extrapolam os pacientes internados”, destaca Lídia.
A presença de um familiar no hospital para acompanhar o paciente durante internações é cada vez mais frequente, sobretudo quando se fala em crianças, adolescentes e idosos. Sendo assim, se faz necessário o cuidado psicológico, orientação e suporte emocional, tanto com o paciente quanto com seus familiares para ajudar a lidar com a doença ou, se necessário, com o luto.
“Cada caso é um caso e há muitas especificidades nos atendimentos. Nas UTIs neonatais, é preciso ressaltar a importância do autocuidado no caso das mães com bebês internados. Muitas delas desejam permanecer todo o tempo no hospital junto ao filho, mas acabam por se entregar ao confinamento. Em outros momentos, é necessária uma conversa franca com um pai que não colabora com a dieta de uma gestante com diabetes gestacional e pressão alta. Ou seja, o atendimento precisa ser individualizado e adaptado constantemente a cada público”, finaliza a psicóloga hospitalar.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
SEDE CEJAM
Rua Dr. Lund,41, Liberdade,
São Paulo, 01513-020
(11) 3469 - 1818
INSTITUTO CEJAM
Rua Dr. Lund, 41, Liberdade,
São Paulo, 01513-020
(11) 3469 - 1818
O CEJAM
Onde Atuamos
Fale com a Gente
Acesso Rápido
Escola de Saúde
© 2024 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Prevenir é viver com qualidade!
© 2024
Prevenir é viver com qualidade!